Depois de tanto, das novelas pandémicas e dos desamores contra ele, Novak Djokovic reencontrou-se finalmente com o seu ténis e os títulos em Wimbledon. Com o genial e caótico Nick Kyrgios pela frente, o sérvio foi o notável super campeão do costume e somou o 21.º major. Pareciam ter voado 200 quilos dos ombros do tenista e o sorriso estava mais conforme com a função para o qual foi concebido. Ele falou em "alívio".
No calendário de 2022 resta um torneio do Grand Slam para tentar igualar Rafael Nadal, que esta temporada já venceu o Open da Austrália e Roland-Garros, em Paris. O US Open era uma incógnita porque, ao rejeitar vacinar-se, Djoko estava refém das decisões da Administração Biden e das autoridades de saúde quanto ao levantamento de restrições devido à pandemia de covid-19. Depois de conquistar Wimbledon, uma prova em que não foram contabilizados os pontos para o ranking ATP, o atual número 7 do mundo garantiu: “Não estou vacinado e não planeio ser vacinado”.
E disse mais: “As únicas boas notícias que posso ter é se eles removerem a obrigatoriedade de se ser vacinado para entrar nos Estados Unidos ou então uma isenção. Se vou participar brevemente nalgum torneio? O certo é que vou descansar nas próximas semanas porque tem sido um período desgastante e exigente para mim. Depois vou esperar boas notícias dos Estados Unidos porque adorava lá ir”.
Desde meados de junho que não é preciso fazer teste para entrar nos Estados Unidos, mas a apresentação do comprovativo de vacinação mantém-se em vigor, o que afasta Novak Djokovic do US Open. Num comunicado, o torneio declarou que vai “respeitar” as regras impostas pelo governo norte-americano para estrangeiros não vacinados.
“As autoridades americanas aceitam todas as vacinas que sejam aceites pela Organização Mundial da Saúde”, pode ler-se no Portal das Comunidades Portuguesas. “Os indivíduos são considerados vacinados transcorridas duas semanas desde a última dose do seu ciclo de imunização, sendo aceite a mistura de diferentes vacinas.” Ora, Djokovic optou por não receber qualquer dose da vacina contra a covid-19.
O tenista sérvio, de 35 anos, já havia sido impossibilitado de competir no Open da Austrália, no início do ano. Agora, se nada mudar nas normas em território norte-americano, Djoko falhará também Nova Iorque, um torneio que já conquistou em três ocasiões, perdendo a oportunidade de aumentar o legado e a lenda.
O US Open vai jogar-se entre 29 de agosto e 11 de setembro.