Antes de Portugal entrar em campo no Alemanha 2006, Luiz Felipe Scolari, então técnico campeão do mundo em título, disse que ganhar o primeiro jogo da fase de grupos era “mais de 50% do trabalho feito” tendo em conta o objetivo de estar nos oitavos de final. Pegando nas palavras do homem que orientou a seleção nacional entre 2003 e 2008, a versão 2022 da equipa portuguesa já tem mais de metade da tarefa feita.
Ao bater o Gana por 3-2, a equipa de Fernando Santos colocou-se na liderança do grupo H, com mais dois pontos do que Coreia do Sul e Uruguai. Desde, justamente, 2006 que Portugal não entrava no torneio somando três pontos. Desde aí, em 2010 os homens de Carlos Queiroz empataram a zero contra a Costa do Marfim, em 2014 o conjunto de Paulo Bento foi goleado (4-0) pela Alemanha e, em 2018, a formação que já era de Fernando Santos obteve uma igualdade (3-3) contra a Espanha.
Em 2006, na Alemanha, um golo de Pauleta chegou para derrotar Angola. As outras vezes em que houve triunfos a abrir foram em 1986, com o 1-0 à Inglaterra, e 1966, com o 3-1 à Hungria. Tirando o Mundial do México, ensombrando por Saltillo, entrar a ganhar trouxe boas prestações em 1966 e 2006.
Caso derrote, na próxima segunda-feira (19h), o Uruguai, Portugal garante já a presença nos oitavos de final. Seria a quinta presença da seleção nacional no momento do mata-mata, voltando ao léxico de Felipão, depois de 1966, 2006, 2010 e 2018.
Foi a oitava vez que a equipa nacional marcou três ou mais golos em Mundiais, tendo quatro delas sido na epopeia dos Magriços em Inglaterra, em 1966. Cristiano Ronaldo, o primeiro jogador da história a marcar em cinco campeonatos do mundo, chegou às 10 fases finais de grandes competições com golos.