É costume dizer-se que o primeiro passo para a saída de um treinador é uma mensagem de apoio por parte da direção. No caso do Coritiba, foi justamente isso que aconteceu: um dia depois de o presidente ter dito que era preciso “união” para inverter um “quadro” que não era “favorável”, posicionando-se ao lado de António Oliveira, o técnico foi mesmo despedido do clube do Paraná.
Através das redes sociais, o Coritiba comunicou a decisão. Contratado a 13 de dezembro de 2022, é o fim do período do português, de 40 anos, no banco do clube.
António Oliveira é vítima de uma má série de jogos sem vencer. O último triunfo data de 23 de fevereiro. Desde aí, a equipa somou três derrotas e três empates. Oliveira não resistiu ao desaire — 3-0 contra o Flamengo — na primeira jornada do Brasileirão.
No total, António Oliveira esteve no banco do Coritiba em 17 jogos. Ganhou sete, empatou sete e perdeu três.
Foi a segunda experiência do português como treinador principal no Brasil, depois de ter orientado o Athletico Paranaense. Entre ambos os projetos, esteve 18 partidas no Benfica B, em 2021/22.
Dos oito treinadores portugueses que deveriam estar no Brasileirão ficam, assim, seis, quando só se disputou um desafio. Ainda antes do começo da competição, Vítor Pereira foi despedido do Flamengo. Restam Abel Ferreira (Palmeiras), Pepa (Cruzeiro), Luís Castro (Botafogo), Ivo Vieira (Cuiabá), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino) e Renato Paiva (Bahia).