Andy Murray, de 35 anos, esteve presente na despedida emocionada de Roger Federer na Laver Cup, em Londres. No entanto, o escocês não equaciona ter uma cerimónia do género para si próprio, até por não a “merecer”. “Não estou mesmo a pensar nisso neste momento. Definitivamente, não vou fazê-lo e não mereço ter uma despedida daquelas”, considerou.
Em 2019, o antigo número um do mundo quase foi forçado a abandonar os courts devido a problemas físicos, tendo mesmo, publicamente, colocado essa hipótese em cima da mesa. Murray submeteu-se a uma operação para colocar uma prótese na anca, passando a ter uma "anca de metal", como o próprio lhe chama.
Com 46 títulos conquistados em singulares, incluindo três majors — Wimbledon em 2013 e 2016 e US Open em 2012 —, o britânico é, neste momento, 43.º colocado do ranking ATP.
Tendo conseguido regressar aos terrenos de jogo depois do calvário de lesões, Murray assegura que se “sente bem fisicamente” quando defronta “jogadores de topo”, pelo que “não sabe” quando se irá retirar. Quanto à despedida de Federer, o antigo número um opinou, à BBC, que “Roger mereceu mesmo aquela noite” e que foi “muito especial ter todos aqueles tipos a assistir ao encontro nas laterais do court”.
Icon Sports Wire
Durante a era do domínio do big three, marcada pela hegemonia de Roger Federer, Rafa Nadal e Novak Djokovic, Murray foi o único tenista que conseguiu, nalguns momentos, quebrar de maneira consistente o domínio do suíço, do espanhol e do sérvio. Com efeito, entre fevereiro de 2004 e fevereiro de 2022, o britânico foi o único líder do ranking ATP que não Federer, Nadal e Djokovic, ao ser número um entre novembro de 2016 e agosto de 2017.
Em confrontos diretos, ainda assim, Murray tem desvantagem direta para os três opositores. Contra Federer, o escocês ganhou 11 vezes e perdeu 14, incluindo na final do Open da Austrália em 2010.
Frente a Rafael Nadal, o britânico venceu sete vezes e perdeu 17. Frente a Novak Djokovic, Murray foi derrotado 25 vezes e levou a melhor em 11 ocasiões. Contra o sérvio, o britânico ganhou nas finais do US Open de 2012 e de Wimbledon em 2013, perdendo cinco finais de torneios do Grand Slam: na Austrália em 2011, 2013, 2015 e 2016 e em Roland-Garros em 2016.
Na Laver Cup, Andy Murray, representando a Europa, foi derrotado, fazendo dupla com Matteo Berrettini em pares, por Auger-Aliassime e Jack Sock, que selaram o triunfo da equipa do Resto Mundo. Pela primeira vez em cinco edições, a Laver Cup não foi vencida pela equipa europeia.