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Crónica

O desconcertante Trincão

Bruno Vieira Amaral escreve que, se fosse ciclista, Trincão teria sempre de ser chefe de fila. Não tem perfil de “domestique”, de gregário, nem mesmo de gregário de luxo. O que desconcerta nele não é a facilidade com que sobe aos Alpe d’Huez futebolísticos, embora a sua qualidade impressione, é a maneira como é capaz de perder tempo nas etapas planas

Na educação sentimental de qualquer adepto de futebol, e a minha fez-se sobretudo com jornais desportivos e relatos radiofónicos, certos adjetivos, longe de serem os lugares-comuns que pareciam ser, eram ótimos instrumentos de análise e definição. Um destes adjetivos era “irreverente”, usado para caracterizar os “fantasistas” de quem não se podia esperar muita regularidade. O outro era “desconcertante”. Quando os jornalistas e comentadores não sabiam muito bem o que pensar de um jogador a quem reconheciam talento diziam que era “desconcertante.”

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