O australiano de 33 anos, vencedor de quatro etapas do mundial e primeiro surfista a registar duas ondas perfeitas no mesmo heat, anunciou a retirada da competição. Terceiro classificado na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos, em Tóquio, Owen Wright teve de reaprender a andar e a surfar após um traumatismo craniano sofrido em 2015, no Havai
Ainda há poucos meses, Stephanie Gilmore batia o recorde de títulos mundiais de Layne Beachley. Aos 35 anos, nada tem a provar, nada lhe falta ganhar, mas ainda não se fartou da vida nómada do surf. Em entrevista à Tribuna Expresso, realizada quando a adolescente Caitlin Simmers, de 17 anos, era levada em ombros na praia de Supertubos após vencer a final, a australiana explica como o seu combustível é “perder um heat contra alguém” e a “vontade em querer ser melhor” do que as miúdas que estão a aparecer
Quando, em 2022, garantiu quase sem querer a qualificação para o circuito mundial, recusou entrar para se preparar melhor e passar mais tempo com a família. Agora, com 17 anos, ganhou a sua primeira etapa do Championship Tour na praia de Supertubos, não tendo sequer força suficiente para erguer sozinha o troféu. Tímida e sem encontrar palavras para dizer, Caitlin Simmers pode bem ser a próxima estrela precoce do surf feminino
O brasileiro de olhar tranquilo e discurso sereno, cujo irmão é um habitual frequentador das ondas gigantes da Nazaré, ganhou o MEO Rip Curl Portugal Pro, conseguindo a primeira vitória da carreira no circuito mundial de surf. Aos 26 anos, o nativo do Rio de Janeiro é o novo campeão da etapa portuguesa após derrotar o australiano Jack Robinson na final e apercebeu-se do “quão gosta disto tudo”
Aos 24 anos, a surfista do Algarve estreou-se na etapa portuguesa do circuito mundial de surf e foi até aos quartos de final, onde perdeu na manhã desta terça-feira contra Macy Callaghan. “Estou orgulhosa e sei que Portugal está a dar-me muito apoio”, disse, no final
Nasceu em Bali, ilha da Indonésia onde tem “as melhores ondas do mundo” no quintal, o que ajuda a explicar que só em 2023 o país tenha visto o seu primeiro surfista a qualificar-se para o circuito mundial. Tem 23 anos, chama-se Rio Waida e conta à Tribuna Expresso como ainda se está a habituar ao frio do inverno europeu e a usar fatos grossos de neoprene que, em Peniche, já lhe deram pele para ganhar a John John Florence e Gabriel Medina
A campeã europeia de surf recebeu um convite para participar no MEO Rip Curl Portugal Pro e ganhou à havaiana que é líder do circuito mundial, contra quem já tinha surfado na ronda inaugural. À primeira vez em que participar na prova, Yolanda Hopkins já está entre as oito melhores
Apanhou 12 ondas, surfou em três heats, ganhou nenhum e foi o pior classificado em dois deles. Aos 51 anos, Kelly Slater foi eliminado ao segundo dia de prova no MEO Rip Curl Portugal Pro, saindo de Peniche com outro 17.º lugar esta época. O 11 vezes campeão do mundo está preocupado em não chegar a meio do ano entre os 24 surfistas que garantem a qualificação para o circuito mundial de 2024 e deixou no ar a dúvida: “Pode ter sido a minha última vez aqui, para ser honesto”
Tem 23 anos e já se fala dela há quase 10. Apesar de, por uma nesga, não se ter qualificado para o circuito mundial, Teresa Bonvalot está em Peniche para competir na terceira etapa seguida do Championship Tour, em substituição de uma lesionada. Confessamente reservada e tímida, conta, em entrevista à Tribuna Expresso, a tristeza que sentiu quando acabou empatada com a surfista que ficou com a última vaga de apuramento e como não gosta da inevitável fama que o surf lhe dá. Mas tenta usá-la para ser “uma luzinha” de esperança e mostrar às pessoas que um atleta “não é um extraterrestre” que “está sempre em altas”
Há 14 anos, Francisco Spínola devolveu a Portugal uma etapa do circuito mundial de surf, que se tornou ininterrupta desde então. Hoje diretor-geral da World Surf League para a Europa, África e Médio Oriente, explica à Tribuna Expresso como o evento “quebrou a sazonalidade” do turismo na região de Peniche e explica como a etapa portuguesa do Championship Tour (única, este ano, na Europa) está “a salvo” enquanto houver apoios. E outra coisa: enquanto “as piscinas de ondas não forem tão boas como as nossas ondas no mar”
A forte ventania no sentido mar-terra que varre a praia de Supertubos impediu o início do MEO Rip Curl Portugal Pro em Peniche no Dia Internacional da Mulher. O diretor do circuito mundial de surf estima que a competição possa arrancar na sexta-feira
Desde 2019 que as mulheres também competem no MEO Portugal Pro, em Peniche, mas nunca uma portuguesa recebera um convite para competir no evento. A história será feita este ano: Teresa Bonvalot, primeira suplente do circuito, vai substituir uma surfista e Yolanda Hopkins, campeã europeia, recebeu um convite da organização
À pandemia que lhe cortou uma época que muito prometia, às altura em que foi difícil arranjar dinheiro para comer e aos euros que muitas vezes teve de angariar para competir lá fora, seguiu-se o título de campeã europeia pintado de fresco em Yolanda Hopkins Sequeira. Em entrevista à Tribuna Expresso, a surfista algarvia, de 25 anos, conta que um psicólogo desportivo a tem ajudado desde a morte do pai, em 2022, defende como o “mercado pequeno” do surf em Portugal se foca sempre nos mesmos. E espera que seja desta que a etapa de Peniche convide uma portuguesa a participar
Na primeira prova do anos do Qualfying Series, espécie de segunda divisão de qualificação mundial, a surfista, de 24 anos, ganhou em Taghazout Bay, Marrocos (Kika Veselko e Carolina Mendes chegaram às ‘meias’), garantindo também o direito a competir nos eventos do Challenger Series, o principal circuito que dá acesso ao Championship Tour
O pai do surf em Portugal, que morreu esta semana, aos 92 anos, praticou hipismo, natação, ginástica, râguebi e boxe na sua juventude e viu surf ao vivo, pela primeira vez, em 1945, na ilha Terceira, nos Açores, e teve a primeira prancha sem saber que tinha de aplicar cera para os pés não escorregarem. E já nos seus sessentas experimentou o motocross, recorda Miguel Pedreira, enciclopédia do surf que escreveu sobre o precursor da modalidade no país
É filha de surfistas e foi aos EUA, terra do pai, ser campeã do mundo júnior pouco mais de uma década após curar “o susto” que tinha com o mar. Aos 19 anos já trabalha no ginásio, na psicóloga e na alimentação para entrar no circuito mundial de surf, onde nunca chegou uma portuguesa. O perfil de Francisca Veselko é um dos 50 escolhidos pelo Expresso, por representarem o futuro do país - a que juntamos 50 que marcaram os últimos 50 anos
A surfista portuguesa perdeu logo na primeira bateria do Hurley Pro Sunset Beach, no Havai. Teresa Bonvalot está a competir na segunda etapa do circuito mundial feminino graças a um injury wildcard, em substituição da francesa Johanne Defay
Surfistas nascidos em países da União Europeia ou no Brasil que residissem em Portugal já podiam competir no campeonato nacional, mas, esta sexta-feira, a Associação Nacional de Surfistas anunciou que “surfistas não comunitários” também serão autorizados a participar nas cinco etapas do circuito
O surfista norte-americano, de 50 anos, foi suplente de John Florence e Kolohe Andino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Só há duas vagas e a corrida começa agora, no Havai, numa prova que conquistou em 2022. “Se conseguir entrar nessa equipa olímpica, tenho uma boa oportunidade de ganhar uma medalha”
Aos 19 anos, é a nova campeã do mundo júnior da World Surf League e a conversa decorre dois dias após regressar dos EUA como a primeira portuguesa a lograr esta conquista. Quando não está no mar, Francisca Veselko treina no ginásio, tem aulas de pilates, atenta à alimentação e trabalhar com uma psicóloga, tudo para “treinar os pontos fracos e estar com as peças todas no sítio”. Em entrevista à Tribuna Expresso, explica como pretende surfar para entrar no circuito mundial onde nunca uma portuguesa chegou
Os adeptos da modalidade, a organização, os surfistas, todos tiveram que esperar sete anos pelo regresso do Eddie Aikau Big Wave Invitational. Mas valeu a pena. Na forma mais poética possível, o evento terminou com a vitória de um nadador salvador, que nos intervalos do trabalho derrotou grandes nomes do surf. Nic von Rupp foi um dos 40 em competição e falou da experiência à Tribuna Expresso
Pouco mais de um mês após ficar a uma posição no último heat da temporada anterior de se qualificar para a elite do surf, a portuguesa fica a saber que regressará ao Havai para competir no Billabong Pro Pipeline, a etapa inaugural do circuito mundial, substituindo a lesionada Johanne Defay. Será a primeira vez que Teresa Bonvalot competirá numa prova do Championship Tour fora de Portugal
Graças a uma espécie de ilha subaquática, existe uma onda gigante, chamada Cortes Bank, no meio do Oceano Pacífico e ao largo de San Diego, nos EUA, que aparece uma ou duas vezes por ano. E onde raríssimos humanos se atreveram a surfar. Nicolau Von Rupp fê-lo na semana passada e conta à Tribuna Expresso como, além do tamanho da massa de água e do perigo de ser arrastado “para as profundezas” em caso de queda, outra preocupação constante é a presença de um certo predador naquelas águas
Em criança, chegou a estar anos sem querer saber do surf devido a um susto que apanhou, mas, aos 9, começou a competir. Nove voltas ao sol depois, Francisca Veselko é campeã nacional sub-18 e sénior, feito que conseguiu quase no mesmo fim de semana. A mãe foi professora de surf, o pai surfou pelos EUA e, à Tribuna Expresso, a dona destes títulos garante que agora vai trabalhar para entrar no circuito mundial. E também quer surfar nos próximos Jogos Olímpicos, em Teahupo'o, no Taiti. Republicamos esta entrevista, publicada em setembro de 2021, após a surfista conquistar o título mundial júnior
Em 2021, sorria como campeã nacional sub-18 e sénior em simultâneo. Esta semana, a portuguesa filha de surfistas foi a San Diego, na Califórnia, para conquistar o título mundial júnior. Francisca Veselko é a primeira portuguesa a alcançar o feito, igualando a proeza que Vasco Ribeiro lograra, em 2014
Peter ‘Joli’ Wilson é um fotógrafo australiano que viu a Nazaré, pela primeira vez, em 1989, muito antes de ser um lugar no mapa das ondas gigantes. Na quinta-feira passada estava no alto do penhasco da Praia do Norte, onde viu Márcio Freire a surfar a onda que lhe provocou a morte. À Tribuna Expresso, conta como foi testemunhar a primeira tragédia deste tipo nas ondas gigantes da Nazaré
Era brasileiro, tinha 47 anos e era um conhecido surfista na cena das ondas gigantes. Morreu esta quinta-feira após uma queda sofrida na praia do Norte, na Nazaré, enquanto praticava surf de tow-in, ou seja, rebocado para a onda por uma moto de água
Justine Dupont descreve o oceano como a vida, com altos e baixos e muitas oportunidades de crescimento. Mas na Nazaré, os baixos são muito baixos e os altos são mesmo muito altos. Com o início do inverno começou o período de espera do Tudor Nazaré Tow Surfing Challenge, um dos eventos de surf mais importantes em Portugal, que pode arrancar a qualquer momento. A surfista francesa, Nic von Rupp e Jessi Miley-Dyer falam sobre ele à Tribuna Expresso