Longe vão os tempos do Boavistão, mas chegar à primeira paragem do campeonato no topo da tabela é um motivo de orgulho para o clube da pantera – sobretudo pela forma como acontece. São 10 golos marcados, uma vitória sobre o Benfica e um futebol muito atrativo, que já vem da época passada. Aliás, o conjunto de Petit foi o quinto melhor ataque da época anterior, o que explica o pensamento ofensivo. Não podendo contratar jogadores, a notícia mais importante do defeso foi assegurar a continuidade do treinador, que já conhece o plantel e as necessidades coletivas. Individualmente, há apostas que estão a corresponder.
Depois de tanto tempo agarrado a clubes que lutam pela manutenção, entrando muitas vezes a meio da temporada e como resposta a situações aflitivas, o técnico dos axadrezados alterou esse estatuto de bombeiro e tornou-se um nome mais do que válido para um projeto de longo prazo. Isso tem faltado ao Boavista nos últimos largos anos. Não sendo um período de estabilidade interna, do ponto de vista institucional, a confiança naquilo que vai sendo construído pela equipa técnica é assinalável. Petit deu um impulso positivo ao emblema nortenho e à própria carreira, destruindo definitivamente qualquer rótulo mentiroso – quase como aquele que define os campeões de Jaime Pacheco como sarrafeiros sem qualquer talento para o futebol. Foi onde se lançou como jogador para o alto nível, o que aumenta a identificação entre adeptos e treinador.
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