Perfil

Crónica
Philipp Lahm

Philipp Lahm

Antigo campeão do Mundo de futebol

Não há nada de errado no futebol. Mas as pessoas que o governam, gerem e comercializam estão a desperdiçar a sua alegria ilimitada

O país cuja seleção deu a grande surpresa a este Mundial já se candidatou à organização do Mundial cinco vezes, mas a FIFA ignorou Marrocos e concedeu o torneio ao Catar, onde o futebol é visto como um instrumento político, lamenta Philipp Lahm, ex-campeão mundial que faz o resume do torneio e escreve como o dinheiro governa o mundo: “Os responsáveis pela FIFA e pela UEFA colocam muitas vezes o benefício individual acima do bem comum”

Philipp Lahm

ODD ANDERSEN/Getty

Partilhar

Um Campeonato do Mundo funciona sempre e em todo o lado. Não há nada igual. É o evento mais diversificado do mundo. Onze homens ou mulheres estão ativamente envolvidos em ambos os lados, chegando mesmo a ser 17 devido à nova regra das substituições. Todos os continentes participam. A finalista Argentina perdeu no Catar para um país asiático, a Arábia Saudita, e esteve quase a ir a prolongamento contra a Austrália. Graças a Marrocos, um país africano, ou um país árabe, chegou às meias-finais pela primeira vez.

Num campeonato de futebol, o mundo negocia como quer viver em conjunto. O jogo fornece material para variadas discussões. A bola estava fora antes do golo de vitória do Japão contra a Espanha? Será que o fora de jogo pode ser medido digitalmente, como acreditam os otimistas da tecnologia? Será política a causa da Palestina? E o que é que ela diz? Seria a braçadeira do “One Love” necessária? Qual é o sinal que passa quando os atletas muçulmanos beijam e dançam com as suas mães à frente de todos depois de ganharem um jogo?

Artigo Exclusivo para assinantes

No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente

Já é assinante?
Comprou o Expresso? Insira o código presente na Revista E para continuar a ler