Como diretor do Euro 2024, vou-me encontrando com muitas pessoas que fazem parte da enorme comunidade futebolística alemã. São crianças com camisolas dos seus clubes com as quais tiro selfies, treinadores das camadas jovens que ensinam regras aos seus jogadores, presidentes de pequenos clubes que são voluntários há décadas. Todos adoram a leveza do futebol, conhecem o seu poder educativo e valorizam a sua importância para a nossa comunidade.
No entanto, quando se começa a falar do Catar, o tom da conversa torna-se grave. Muitos ponderam não assistir voluntariamente a um Campeonato do Mundo pela primeira vez na vida. No passado, um Mundial era uma festa popular. Para as crianças era uma espécie de iniciação ao futebol para toda a vida. Hoje, alguns clubes amadores pensam em deixar guardados os ecrãs gigantes e as mesas de esplanada.
O que isto prova, mais uma vez, é que dar o Campeonato do Mundo ao Catar foi um erro. Não pertence lá.