Ténis

US Open: o melhor Nuno Borges de sempre apareceu antes da eliminação surpresa de Carlos Alcaraz

US Open: o melhor Nuno Borges de sempre apareceu antes da eliminação surpresa de Carlos Alcaraz
Jamie Squire
Horas depois de o português garantir uma passagem inédita à terceira ronda do Grand Slan norte-americano, o tenista espanhol, hoje candidato a ganhar qualquer torneio em que jogue, perdeu, em três sets, contra o neerlandês Botic van de Zandshulp. E admitiu que mentalmente não está bem

Nuno Borges, 34.º do ranking mundial - classificação que vai melhorar na próxima semana - assegurou a presença na terceira ronda do US Open, último Grand Slam da temporada, ao bater o australiano Thanasi Kokkinakis em três sets.

O número um nacional superou assim a sua melhor prestação no torneio norte-americano, depois da estreia em 2022, tendo hoje superado o 86.º da hierarquia mundial pelos parciais de 6-4, 7-5 e 7-5, em duas horas e 51 minutos. A ascensão do português prossegue.

Já na madrugada desta sexta-feira chegou a surpresa maior, até ao momento, da prova. O super favorito, por estes dias, a vencer qualquer torneio no qual apareça com a raquete na mão, Carlos Alcaraz, foi eliminado na segunda ronda por Botic van de Zandschulp - e em três parciais.

CHARLY TRIBALLEAU

O neerlandês de nome desafiante de pronunciar venceu o espanhol que é uma das sensações do ténis atual por 6-1, 7-5 e 6-4, impondo a derrota mais pesada da carreira de Alcaraz num Grand Slam. “Estou a dar passos atrás na minha cabeça. Mentalmente não estou bem, não estou forte. Um dos problemas que tenho é que não sei controlar-me, não sei como gerir e isso, para mim, é um problema”, desabafou o tenista que conquistou as edições deste ano de Roland-Garros e Wimbledon.

Na sua ainda curta, mas já gloriosa carreira (tem quatro majors vencidos), Alcaraz só saíra de um Grand Slam à segunda ronda em 2021, quando era ainda mais imberbe e tinha 18 anos. Hoje, com 21, transformou-se num tenista com a aura de ser candidato a ganhar qualquer torneio no qual apareça. Nos Jogos Olímpicos de Paris, perdeu a extenuante final contra Novak Djokovic.

“Descansei um pouco depois dos Jogos, pensava que era suficiente e ajudou-me, mas talvez não tenha sido. Tenho de me conhecer a mim mesmo, perceber exatamente o que se passa. Foi um verão muito exigente, de muitas emoções, o calendário do ténis é muito apertado”, confessou, algo enigmático, Carlos Alcaraz após a derrota

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