O número 1 do ranking ATP, Novak Djokovic, perdeu surpreendentemente na quinta-feira contra Lorenzo Musetti, no Masters de Monte Carlo, em três sets, com parciais de 6-4, 5-7 e 4-6. O jogo esteve interrompido durante uma hora por causa dos caprichos das nuvens. Enquanto o italiano que ali deu nas vistas nas partidas anteriores revelou que estava a fazer um esforço para não chorar, tal era o orgulho e a importância daquela vitória, a lenda sérvia tentou desvalorizar a queda naquele torneio.
“Não penso que seja catastrófico, mas o meu feeling é mau neste momento porque perdi o jogo”, confessou o vencedor de 22 majors, irritado a certa altura com uma decisão, discutindo com a juíza de cadeira. “Bom”, afinou o tom, “o sentimento é terrível depois de jogar assim, honestamente, mas parabéns para ele [Musetti]. Manteve-se firme nos momentos importantes, e é isso. É tudo o que posso dizer.”
Esta foi a segunda partida de Djoko em mais de um mês, sendo que a primeira foi a estreia em Monte Carlo, na segunda ronda, diante do qualifier Ivan Gakhov. Com a impossibilidade de jogar nos Estados Unidos, nomeadamente em Miami e Indian Wells, devido à sua opção por não se vacinar contra a covid-19, o número 1 do mundo não jogava desde 3 de março, quando perdeu na semifinal dos Dubai Tennis Championships contra o russo Daniil Medvedev, naquela que era a única derrota de Djokovic em 2023.
Nessa altura, nesse primeiro encontro em mais de um mês de calendário, o feeling de Novak Djokovic já não augurava nada de bom. “Foi provavelmente uma vitória de ténis feio”, desabafou sobre o triunfo ante Gakhov. “Não joguei no meu melhor, particularmente no primeiro set, mas de certa maneira esperava que isso acontecesse com estas condições, [fazia] muito vento hoje”, explicou.
E acrescentou: “Em geral, estou muito satisfeito com a forma como mantive calmo nos momentos importantes”.
A incerteza de Nadal
Também Rafael Nadal, por problemas de outra natureza, tem tido uma temporada especialmente difícil. Segundo a “Marca”, o tenista espanhol cancelou a sua presença no Open de Barcelona. São já seis torneios em que esteve ausente em 2023.
A lesão na perna esquerda, diagnosticada em 19 de janeiro, fazia prever uma ausência de seis a oito semanas, mas a recuperação tem revelado ser mais complexa e o prazo tem aumentado.
Um comunicado do maiorquino confirmou a ausência do torneio catalão. “Barcelona é um torneio muito especial para mim, porque é o meu clube adotivo e porque jogar em casa é sempre uma sensação única”, pode ler-se nas redes sociais.
“Ainda não me encontro preparado e continuo, por isso, o meu processo de preparação para o regresso à competição”, continua o texto. “Muita sorte para o meu amigo David Ferrer e para toda a sua equipa para esta edição do Godó, que seguramente será como sempre, um êxito a todos os níveis.”
O número 15 do mundo não disputa um encontro desde a derrota contra Mackenzie McDonald no Open da Austrália, disputado durante a primeira metade do ano. Nessa partida, jogado na Rod Laver Arena, o tenista de 36 anos precisou de assistência médica no segundo set.