Depois de um processo conturbado na edição de 2022 do Open da Austrália, o jornal “The Age” anuncia que é bastante provável o regresso de Novak Djokovic aos courts de Melbourne Park, em janeiro. Ainda assim, a dúvida permanece. A organização até pode contar com o sérvio, mas será que Novak consegue entrar no país?
Na edição realizado no início deste ano, o sérvio acabou por ter de abandonar a Austrália por não lhe ter sido concedido visto de permanência. Djokovic tinha recusado a vacina anti-covid e não pôde participar no Open da Austrália, bem como no dos EUA, ambos pelas mesmas razões. No primeiro caso, o tenista acabou por ser deportado na véspera do início da prova. O tumulto provocado pela situação chegou mesmo ao governo australiano.
Escreve o jornal australiano que, segundo a lei do país, Novak Djokovic não pode receber um visto por três anos, a não ser que o ministro da Imigração concorde com uma exceção. Craig Tiley, presidente da Federação de Ténis Australiana e responsável pela organização do Grand Slam, argumenta que as circunstâncias atuais são muito diferentes das de há nove meses. “Estamos a caminho de ter todos os jogadores de topo de volta”, disse Tiley, acrescentando: “Encontramo-nos numa nova fase. (…) É um ambiente muito diferente, com as pessoas a poderem viajar livremente à volta do mundo”.
Entretanto, também o governo australiano mudou. Em Roland Garros, em maio, Djokovic confirmou que conhecia o facto: “Sim, ouvi as notícias”. No entanto, o sérvio mostrou-se ainda pouco crente numa presença efetiva na prova, em 2023: “Não sei nada sobre a hipótese de o meu visto ser aprovado e se me vão deixar entrar na Austrália”.
Novak Djokovic tinha vencido três edições consecutivas do torneio até este ano. Rafael Nadal aproveitou a ausência do grande adversário e levantou o troféu. Na edição do próximo mês de janeiro, certas serão as ausências de Roger Federer e Serena Willams, que terminaram as respetivas carreiras recentemente. A organização da prova deu a entender que vai homenagear o suíço: “Ele não vai estar cá em janeiro, mas nós vamos trazê-lo de volta de alguma forma”.