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Juve Leo e Diretivo XXI têm uma semana para abandonarem as sedes

Juve Leo e Diretivo XXI têm uma semana para abandonarem as sedes
Gonzalo Arroyo Moreno / Getty Images

As duas maiores claques do Sporting já tinham sido notificadas pelo clube há quinze dias. No final desta semana, ambas terão de abandonar as instalações

Hugo Franco e Pedro Candeias

As claques Juventude Leonina e Diretivo XXI vão ser obrigadas a abandonar as suas sedes no interior do estádio de Alvalade até ao final desta semana, apurou o Expresso junto de várias fontes. Os dirigentes destes dois grupos de adeptos terão já sido notificados para saírem das instalações nos próximos dias.

A Juventude Leonina está sediada na célebre ‘casinha’, um local cedido pela autarquia lisboeta ao clube, e o Diretivo XXI também tem a sede nas instalações de Alvalade. Estes são os locais onde nos últimos anos os ultra do Sporting se têm reunido em dias de jogos e armazenado o material de apoio como tarjas, tambores ou bandeiras.

O Sporting já tinha feito o aviso de despejo há mais de duas semanas mas ainda não tinha sido determinada uma data, pelo menos publicamente.

As relações entre a direção de Frederico Varandas e estes dois grupos de adeptos têm-se deteriorado de dia para dia, principalmente desde os incidentes e cânticos no pavilhão João Rocha durante um jogo de futsal, há cerca de três semanas. O carro de um dirigente leonino foi mesmo vandalizado na sequência dos protestos.

Varandas retirou alguns dos privilégios que eram até há pouco tempo dados como adquiridos pelas duas claques, como a oferta de bilhetes para os jogos de futebol.

O fim dos protocolos gerou uma onda de protestos entre dirigentes da Juventude Leonina e do Diretivo XXI que acusam o presidente do clube de estar a realizar uma gestão desastrosa.

Durante e depois dos jogos é possível ouvir cânticos anti-Varandas provenientes sobretudo da bancada superior Sul, onde habitualmente se sentam as claques verde-e-brancas.
Num discurso realizado há poucos dias, o presidente do Sporting acusou as claques de servirem de “guardas pretorianas” para fazerem o trabalho sujo a uma determinada direção.

Declarações que levaram a Juventude Leonina emitir mais um comunicado contra o número um do clube, garantindo que o presidente “mente descaradamente” e que esta claque “não é subserviente de nenhum presidente”.

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