As explicações de Roberto Martínez: “O João Neves está a liderar uma equipa como o Benfica. Foi o homem do jogo contra o FC Porto”

Chamada de João Neves

“É mais um passo na evolução do João como futebolista. Esta época, o João está a liderar uma equipa como o Benfica. Foi o homem do jogo contra o FC Porto. Depois do bom desempenho com os sub-21, é um merecido passo à frente, agora terá de lutar em mais este passo da sua carreira.”

Lista volta a ser quase igual

“Foi a lista mais difícil para nós. Fizemos uma pré-lista de 42 jogadores e foi muito difícil. Não há um jogador que não mereça continuar depois do desempenho no último estágio. Foi um resultado histórico, um comportamento exemplar. E temos jogadores portugueses que estão a jogar a alto nível, na melhor competição de clubes do mundo, como o Diogo Leite, o Bruma, o Matheus Nunes, o Galeno, o João Mário do FC Porto, o William Carvalho. Temos um grupo de jogadores bem maior do que as vagas disponíveis. É uma boa notícia para o futebol português, há muita competitividade para a seleção. Uma mensagem para os jogadores que estão fora: continuem a trabalhar para que, quando possam estar na seleção, estejam prontos. É isso.”

Depois de apuramento estar garantido, poderemos ver novos nomes na seleção?

“Passo a passo. Este estágio é de importância extrema. Podemos garantir a qualificação no próximo jogo se ganharmos à Eslováquia. O único objetivo é preparar o jogo da Eslováquia da melhor maneira possível. Temos um grupo de jogadores maior que os 26 que temos neste estágio, isso é claro. Depois veremos como utilizar os outros estágios.”

Galeno

“Está na pré-lista. Como selecionador, preciso de saber tudo. É parte do meu trabalho falar com treinadores que têm jogadores portugueses. Falei com Sérgio [Conceição], com o Rúben [Amorim], com o Roger [Schmidt], com o Artur [Jorge]. Os treinadores de clube têm informação útil. Gosto muito da verticalidade dele, um destro que joga à esquerda, polivalente, que pode jogar numa linha de quatro ou de cinco.”

Mundial 2030

“É uma grande alegria. Vocês têm a experiência do Euro 2004 e, para Portugal, ter o primeiro Mundial da história mostra o trabalho da nossa federação. Deixará um legado único para o futebol português. Agora, os miúdos de 12 e 13 anos têm o sonho de jogar um Mundial em casa. Lembro-me do Mundial de Espanha, em 1982, o ‘Naranjito’, a minha ideia de jogar um Mundial começou nas ruas da minha cidade. É uma inspiração para o nosso povo, uma grande, grande notícia.”

Apuramento só com vitórias é objetivo?

“O objetivo é crescer, melhorar, criar um grupo com um comportamento ganhador. Temos um jogo contra a Eslováquia, sabemos que é uma equipa muito bem trabalhada. Depois temos um jogo contra a Bósnia, que tem novo selecionador. O nosso objetivo é ganhar o próximo jogo. Depois, temos de experimentar, fazer a nossa força tática crescer. Fazer isso ganhando é aquilo de que precisamos.”

Depois da última goleada, como é que se tira Gonçalo Ramos para entrar Ronaldo?

“Precisamos de jogadores que tenham responsabilidade, que joguem bem, que, quando têm a oportunidade de estar no relvado, que façam o que o Gonçalo fez, bem como o que o Diogo Jota ou o Ricardo Horta façam. O Cristiano Ronaldo não jogou contra o Luxemburgo, mas teve um papel muito importante nos encontros anteriores, fez cinco golos. Não tomo decisões no escritório, tomo no treino e no trabalho. Para mim, a situação não é o Cristiano ou o Gonçalo, é encontrar soluções para utilizar os jogadores em boa forma.”