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O que encontrará Ronaldo na Arábia Saudita? Um futebol “menos rico taticamente” e “condições que não estão ao nível a que se habituou”

A chegada do português ao Al-Nassr está a gerar muita expectativa, com os bilhetes para a apresentação a esgotarem rapidamente. No entanto, Cristiano, que até pode ganhar um título já em janeiro, terá de se habituar a jogar com menos gente, com companheiros que não tiveram uma formação futebolística de elite e a fatores culturais como o trânsito, onde impera a “lei do mais forte”, avisam Fábio Martins e Pedro Mariano, portugueses no futebol saudita

Pedro Barata

FAYEZ NURELDINE/Getty

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A ida de Cristiano Ronaldo para o Al-Nassr coloca o jogador português em território por explorar. Depois de mais de 20 anos no futebol europeu, onde é o melhor marcador da mais importante competição de clubes (Champions, 140 golos) e de seleções (Europeu, 14 golos), o avançado sai da elite do jogo rumo a uma zona desconhecida.

No Al-Nassr, o madeirense vestirá a camisola de um clube fundado em 1955, em Riade. Tem nove ligas sauditas, sendo o segundo mais titulado do país, só atrás do Al-Hilal, atual tricampeão da prova. O último festejo no campeonato foi em 2018/19, com Rui Vitória como técnico.

Quando esta terça-feira já estiver a chegar ao fim em Riade, Cristiano Ronaldo entrará no Mrsool Park para ser apresentado como jogador amarelo e azul. (às 16h de Lisboa). Os bilhetes para a cerimónia, com o custo de cerca de €3,74, esgotaram rapidamente. E é na dimensão deste “esgotado” que prosseguem as diferenças face ao passado recente do atacante.

Se um Old Trafford cheio significa ter 74.310 almas sentadas, um Juventus Stadium repleto equivale a 41.507 pessoas ou um Santiago Bernabéu lotado corresponde a 81.004 espectadores, o recinto que faz de casa do Al-Nassr só chega para 25.000 pessoas. Esta época, na liga, a média é de 7.696 espectadores por encontro.

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