Eram advogados, médicos ou veterinários como Rui Cordeiro, o possante pilar nos três dígitos da balança que tentou, insistiu e marrou contra a muralha distantíssima na teoria mas tão perto ali no mesmo relvado, para marcar um ensaio à Nova Zelândia no Campeonato do Mundo de 2007. O jogo ficou 108-13 e pulou logo para o top 5 dos papiros que guardam os encontros com mais pontos feitos e maiores margens de vitória na história do torneio. A estreia de Portugal serviu também para uma seleção amadora se intrometer pela primeira vez entre quem tem o râguebi como profissão única.
O feito poderia ter sido um trampolim para uma profissionalização que, 15 anos volvidos, ainda não existe em Portugal, mas a equipa nacional está, de novo, a farejar de perto a fragrância de uma presença no Mundial. No domingo, a seleção estará no Dubai a jogar frente a Hong Kong (14h30, SportTV3) a partida inaugural do torneio de qualificação que atribui a derradeira vaga para a edição de 2023, seguindo-se o Quénia (12 de novembro) e os EUA (a 18), que deverá ser “o adversário mais difícil”, em parte por querer “mostrar que está a evoluir” com a sua vontade em “ser uma potência no râguebi”.