Na conferência de imprensa do jogo da Taça de Portugal contra o Montalegre (sexta-feira, 20h45, Sport TV1), o técnico falou sobre a instabilidade interna no FC Porto, assegurando que o seu “foco” está “no próximo ciclo de jogos”, que pode “definir muito”. E ainda lançou um reparo a João Mário, que depois da estreia na seleção voltou “um bocadinho a dormir”
“Espero uma equipa muito motivada, a tentar criar surpresa, como todas as equipas de escalões inferiores. Como sempre, analisámos e olhámos para a equipa com o mesmo respeito e dedicação de sempre. Cabe-nos assumir o jogo, dentro da estratégia definida, antecipando cenários e colocando os jogadores que estiverem nas melhores condições. Podem haver nuances na equipa, porque hoje chegou o Pepê quando estávamos a sair para o treino, o Jorge [Sánchez] também, o Mehdi [Taremi] chegou ontem, com viagens muito grandes e diferentes equipas técnicas, uns utilizados e outros nem tanto. Este período, sobretudo em cima dos jogos, nunca é fácil”
“Como empregado do FC Porto, tenho de me focar na equipa, o meu papel é ser treinador de futebol. Tenho de preparar a equipa da melhor forma, olhando para estes acontecimentos que fazem parte do nosso clube e que me deixam triste. Obviamente que repudio qualquer tipo de violência. O que vi na AG, como sócio há 27 anos, deixa-me triste e é condenável. A partir daí, ponto final, não comento mais”
“O meu foco é no jogo do Montalegre e, a seguir, no de Barcelona, depois vamos ao Estoril noutra competição. O próximo ciclo de jogos pode definir muito, esse é o meu foco. Sou empregado do FC Porto, não tenho de comentar as palavras do meu presidente. Em relação a mim, não vejo qual o espanto das palavras do meu presidente quando a minha última renovação foi a 4 de junho de 2021. Renovei nas férias. Como sócio, observo, há coisas que não gosto, outras que aprecio, mas o meu papel não é comentar"
“O Zaidu e o Wendell estão fora. O Pepe está fora também, o Iván Jaime voltou, fez dois treinos com a equipa, está apto para estar na convocatória”
“Um ambiente de vitória. Que o FC Porto ganhe”
“Joga em 4-2-3-1. Tem um ponta-de-lança muito interessante na frente, o Alex. Tem dois alas interessantes, o Isaac e o Angola, muito rápidos. Dois médios, o Rúben Neves e o Mané, que se mostram muito ao jogo. Centrais tem o Douglão, forte, o capitão é o Edu, do lado direito. Só perdeu duas vezes no campeonato, tem o melhor marcador. É uma equipa à imagem do treinador, o Tony [antigo lateral de Estrela da Amadora ou Paços], que se der para sair a jogar de forma mais ligada, sai, se não der é muito vertical e simples no seu processo, olhando para a referência do avançado. Defende bem, pode defender um bocadinho mais alto. Creio que poderão estar um bocado mais no seu meio-campo”
“Fico extremamente contente, pelo percurso e evolução. Nas seleções estão os melhores de cada país, é merecido. Temos jogadores que podem, a qualquer momento, ser chamados, como o Galeno ou o Evanilson. Fico contente, espero que venham mais acordados do que o João Mário nestes dois ou três dias, que veio um bocadinho a dormir. Faz parte do meu trabalho, é acordá-lo, para perceber que tem um treinador português e não espanhol”
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