O treinador do FC Porto lançou o clássico com o Benfica, na sexta-feira à noite (20h15, BTV), para o qual indicou que Pepe está em dúvida “até à hora do jogo” e comentou a diferença entre plantéis: “Sabemos que o Benfica, em termos de investimento, teve cerca do dobro, mas isso vale o que vale. Conta pouco.”
Expresso
“Não podemos prever o que vai acontecer, podemos estar preparados para os diferentes momentos desse jogo e dar o nosso máximo. O jogo tem a sua história, o seu caminho e percurso. Sabemos que vai ser um clássico, um jogo sempre difícil, perante o campeão nacional. Temos esse respeito, mas temos a ambição de ir à Luz e ganhar o jogo.”
“É um número. Sabemos que o Benfica teve cerca do dobro do investimento, mas isso vale o que vale. É importante termos plantéis equilibrados e que nos deem garantias em todas as provas. Se olharmos para isso, as equipas que têm orçamentos mais baixos do que o FC Porto não têm a ambição, nem a vontade de nos ganhar… Não é isso que se vê. Acho que isso conta pouco.”
“Aqui a exigência começa no presidente, que é exigente com ele e com os outros, acabando no tratador de relva, sem desprimor para os tratadores de relva, que toda a gente é importante aqui. Aqui há uma exigência grande. Há muita vontade de fazer as coisas como devem ser feitas, olhando para o que eu lidero, que é a equipa profissional de futebol, da qual faz parte o departamento médico, que tem feito um bom trabalho, nunca é fácil. Aqui não há caso nenhum. Houve um jogador que ficou de fora e manifestei-me daquela forma, depois entendi o que foi feito, porque no dia de jogo a pressão desse mesmo jogo é grande e quando temos um atleta com a importância do Pepe, dentro e fora do campo, há sempre uma ou outra situação que não corre bem, foi clarificada. Aqui ninguém está contra ninguém. O Pepe está em dúvida, não sabemos até à hora do jogo.”
“O meu trabalho, a esse nível emocional, é menos nos grandes jogos. Não adianta estar muitíssimo bem num jogo e nos outros jogos não acontecer. A estratégia e plano de jogo faz parte do que é o trabalho durante a semana. Esse passado recente não conta nada para o jogo de amanhã. O jogo ganha a sua vida, dependendo do que nós fizermos no jogo, por isso queremos trabalhar bem, preparar bem, temos humildade suficiente para saber que do outro lado está o campeão nacional com jogadores de altíssimo nível, nós também os temos e queremos muito ganhar mais um jogo ,mais uma batalha, para no final esses jogos e essa importância sejam visíveis nos títulos conquistados.”
“Há seis anos que digo: as estatísticas dizem-me muito pouco. Há um jogo entre Benfica e FC Porto, um clássico, um jogo que espero competitivo e também esperamos que sejamos nós a ganhar esses três pontos.”
“O nosso trabalho é exatamente esse, preparar da melhor forma. No jogo da Supertaça, o último, houve duas partes distintas, por mérito do adversário e por demérito nosso. Temos de estar preparados para essas duas situações. Penso que o Benfica não é só na dinâmica que tem em posse, não é só uma equipa boa, de boa qualidade, a ligar o jogo e os jogadores a associarem-se de uma forma que cria dificuldades, mas também quando joga de forma mais direta, e utiliza muito bem os avançados que tem. É uma equipa perigosa, temos de estar preparados para esses dois momentos do jogo. Cabe-nos a nós meter em campo essa estratégia, quando temos a bola e quando não a temos.”
“Chegou o momento dele. As pessoas podem não se lembrar, mas o David já foi titular em muitos jogos. Não teve a regularidade de Marcano ou de Pepe, mas faz parte do grupo, é um jogador importante hoje e era um jogador importante quando chegou. Se é tema ou não, depende de quem olha para o FC Porto e quer falar de jogadores que não jogam, ou pelo valor que custou o jogador. Isso não posso controlar, preocupo-me com o que é verdadeiramente importante, que é preparar a equipa para ganhar jogos.”
“Olhei para esse jogo porque gosto de futebol e faz parte da preparação do jogo de amanhã, olhar para todos ou grande parte dos jogos que o Benfica faz. Os momentos são diferentes, a prova é diferente. Não vou tirar nenhuma nota porque o Salzburgo ganhou na Luz.”
“Estamos no início de época e os treinadores queremos que a equipa evolua sempre de uma forma positiva e que seja a cada dia que passa mais forte. É natural. Aquilo que eu disse, sobre esse pouquinho, em alguns momentos do jogo acho que podemos fazer mais e melhor. Dão ênfase ao que lhes interessa dar, não podemos esquecer que estamos em primeiro lugar no campeonato, em 18 pontos fizemos 16, OK? A única equipa portuguesa que ganhou na Liga dos Campeões. Podem dizer o que quiserem. Tenho a noção do que temos a melhorar. As pessoas comentam e falam do que quiserem, são livres de opinar sobre a equipa, não dou grande importância.”
“Ainda hoje vi uma crónica de alguém que tem a mania que percebe de futebol e que se diz portista a dizer que é tudo ao molho e fé em Deus, ou coisa do género. E não é nada disso. O que o jogo pede é o que vou vendo e lendo, por isso é que me pagam, as modificações que faço durante o jogo ou antes tem que ver com o objetivo vitória. Isso é que é importante. Agora, o Iván Jaime mais alto [mais à frente], mais baixo [mais recuado], ou a partir da esquerda, a partir do banco, é sempre um jogador importante, por isso é que fomos buscá-lo, como há os outros Jaimes todos da equipa. Tem é que correr.”
“O Danny Namaso está melhor, treinou com a equipa já. Está apto para amanhã. Há a dúvida do Pepe. Tive oportunidade de falar com o Marcano, antes e depois da operação, e está positivo, tendo um feitio especial, é um rapaz introvertido, não é muito de expandir as suas emoções e sentimentos, mas vi-o positivo. É um super atleta. Tenho plena convicção de que vai recuperar bem e que vai jogar mais uns anos.
“O meu objetivo é a vitória de amanhã, para conseguirmos o objetivo final, ganhar o campeonato. O meu trabalho não é só o meu trabalho, é o da minha equipa técnica e de toda a gente que trabalha com a equipa. Conseguimos colocar alguns troféus no museu do FC Porto e espero que no final da época possamos contribuir com mais.”
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