FC Porto

Sérgio Conceição: “Faltou serenidade para os jogadores perceberem que têm mais qualidade do que aquilo que estão a demonstrar”

Sérgio Conceição: “Faltou serenidade para os jogadores perceberem que têm mais qualidade do que aquilo que estão a demonstrar”
MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

O treinador do FC Porto admitiu, após a vitória (2-1) contra o Gil Vicente com mais um golo nos descontos (o quinto entre os oito marcados no campeonato), que “há trabalho a fazer” para melhorar a equipa. Quanto à ausência de Pepe, disse que o jogador fez um exame na manhã que o deu como indisponível para o jogo, deixando no ar: “É preciso perguntar ao departamento médico. Perguntem ao Dr. Puga que ele saberá responder.”

A análise ao jogo

“Antes de falar, gostaria de dedicar a vitória a uma senhora portista que faz 90 anos, a senhora Jesuína que veio cá visitar-me. E para os adeptos e sócios do FC Porto, foi uma vitória sofrida contra um bom Gil, entrámos bem no jogo, aliás, muito bem, mas fomos cometendo erros individuais contra uma equipa com qualidade, que saía para o ataque de forma rápida. Segunda parte, penso que entrámos bem, a tentar chegar à vitória até ao momento em que decidi meter alguns jogadores mais ofensivos e tina noção que ia partir o jogo e, a partir daí, o Gil criou uma ou outra situação que podia ter dado golo. Bom jogo da parte das duas equipas, falando da exibição estivemos sempre mais e melhor, mas há trabalho a fazer.”

O que faltou?

“Olhamos para a equipa hoje… Wendell pelo Zaidu, Fábio Cardoso pelo Pepe, a equipa era praticamente igual à que ganhou há quatro dias na Liga dos Campeões. Acho que faltou um bocadinho de serenidade para os jogadores perceberem que têm mais qualidade do que aquilo que estão a demonstrar. Cabe-nos a nós, treinadores, melhorá-los a nível individual e, coletivamente, sermos uma equipa mais forte.”

A aposta na segunda parte

“O futebol tem disto, é isto, mas quisemos arriscar porque tínhamos a noção de que podíamos ficar um bocadinho mais expostos, como ficámos, é natural, mas sabíamos que teríamos um peso diferente no último terço. O futebol é subjetivo, se digo que a equipa não está tão bem e temos de melhorar, é porque é extremamente evidente e massacram-me, se digo que muitos outros treinadores, quando o jogo não corre bem, alguns continuam a dizer bem das suas equipas - para dar moral, ou porque sabem o seu balneário -, é porque não estou a dizer a verdade. Eu digo aquilo que sinto e vejo do jogo, por vezes tenho uma ideia diferente, mas temos noção que há trabalho a fazer. Na equipa hoje, que jogador experiente é que estava em campo para agarrar por vezes a equipa? À última hora ficámos sem o Pepe. Não é para arranjar desculpas, é encontrar soluções para os jogadores que temos disponíveis.”

O que se passou com Pepe?

“É preciso perguntar ao departamento médico, fez um exame hoje no dia do jogo, e está fora. Perguntem ao Dr. Puga que ele saberá responder.”

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