Expectativas para o jogo
“O Desportivo de Chaves tem feito um início de época à imagem do que fez na II Liga, tal como o Casa Pia. Tem bons valores individuais e uma equipa técnica que está lá há três anos e eu conheço bem, porque o Vítor Campelos trabalhou connosco no Vitória. São muito verticais, incisivos e olham muito para a baliza adversária”
Preparar partida depois de derrota
“Trabalhar em cima de derrotas nunca é bom, não só pelo resultado, mas pelo estado de espírito, que é diferente do pós-Rio Ave [derrota anterior]. Saímos com a sensação de que merecíamos os três pontos. Estamos revoltados, fizemos um jogo muito competente, mas nós não vivemos disso, vivemos de pontos. Agora vamos preparar o principal objetivo, o campeonato. Temos toda a gente disponível, excluindo o Otávio e o Grujic, que não está 100% recuperado"
Falou com Taremi sobre expulsão em Madrid?
“Converso sempre com os jogadores, conversei também com o Taremi sobre os indicadores físicos que ele tem num jogo. Ele é um atleta fantástico, está no top 3 de atletas com mais sprints, está no top dos nossos avançados com mais recuperações de bola no meio-campo ofensivo. O Taremi, além de goleador, faz muitas assistências. Isso sim, é falar de futebol, é disso que falo com os meus atletas"
Lidar com baixa de Otávio
“É o jogador que me conhece há mais tempo, trabalha comigo há sete anos. Tento ao máximo que ele não me passe na hierarquia, porque ele é quase um jogador-treinador. Às vezes tiro-lhe a moral durante o treino ou nos finais dos jogos. Ele tende a amuar, porque é o feitio dele, é um bocado chato, mas eu gosto. É um jogador que conhece tudo do jogo, mas não estará o Otávio, estarão outros. Ausência dele pode mudar um pouco a nossa forma de jogar, podemos olhar para o FC Porto e ver coisas diferentes"
Falatório em torno de Taremi está a ter impacto no rendimento dele?
“Se calhar é essa a intenção. O profissional de futebol tem de estar habituado a isto. Temos de ouvir as críticas, negativas e positivas. Mas olho para outros países e para alguns programas e é sempre uma delícia, com gente a falar de treinadores em termos tácticos ou da qualidade técnica de um ou outro jogador. Aqui falamos do piscar de olho, do levantar o braço, do Sérgio Conceição que deu uma dura num jogador. Porquê? Acredito que há muitos comentadores, ex-jogadores ou treinadores que tentam falar de futebol, mas se calhar vende mais falar dessas situações. Por desconhecimento do jogo de alguns, e outros porque são obrigados a falar de temas polémicos"