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Opinião

Um a zero: a vitória magra que alimenta multidões

O adepto comum gosta do ocasional jogo resolvido à meia-hora, da goleada à moda da casa, mas nunca esquece aquele jogo em que rói as unhas até ao sabugo e a equipa se agarra com unhas e dentes à vantagem ínfima. O “um-a-zero” é sobreviver a um naufrágio agarrado a uma tábua. É sair ileso, sem um arranhão, de um acidente terrível e, ademais, poder dizer com prazer e desafio aos outros que quem ia a conduzir era o Chiquinho

Foi há sete anos, em Vila do Conde. O Benfica, à procura de um tri que lhe escapava há mais de trinta anos, disputava o campeonato taco a taco com o Sporting. Um deslize e era a morte do artista. E o deus ex machina dessa época, um deus de sangue azteca, lá entrou em cena para pôr em êxtase milhares de benfiquistas do Norte. A propósito, o benfiquista do Norte merece uma estátua bem no coração da Invicta, em plenos Aliados.

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