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Um a zero: a vitória magra que alimenta multidões

O adepto comum gosta do ocasional jogo resolvido à meia-hora, da goleada à moda da casa, mas nunca esquece aquele jogo em que rói as unhas até ao sabugo e a equipa se agarra com unhas e dentes à vantagem ínfima. O “um-a-zero” é sobreviver a um naufrágio agarrado a uma tábua. É sair ileso, sem um arranhão, de um acidente terrível e, ademais, poder dizer com prazer e desafio aos outros que quem ia a conduzir era o Chiquinho

Bruno Vieira Amaral

MIGUEL RIOPA/Getty

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Foi há sete anos, em Vila do Conde. O Benfica, à procura de um tri que lhe escapava há mais de trinta anos, disputava o campeonato taco a taco com o Sporting. Um deslize e era a morte do artista. E o deus ex machina dessa época, um deus de sangue azteca, lá entrou em cena para pôr em êxtase milhares de benfiquistas do Norte. A propósito, o benfiquista do Norte merece uma estátua bem no coração da Invicta, em plenos Aliados.

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  • Uma bala de Gonçalo Ramos soprou para longe do Benfica as nuvens cheias de perigos
    Crónica de Jogo

    Apesar de alguns sustos e desacertos, os lisboetas conquistaram os difíceis três pontos em Vila do Conde contra um certinho e criativo Rio Ave. Gonçalo Ramos fez o golo pouco depois do intervalo e, até ao fim, enquanto os líderes do campeonato tentavam baixar o ritmo e controlar as feras de verde e branco, os homens da casa tentavam forçar o empate. Benfica vai para o clássico com o FC Porto, na Luz, com pelo menos 10 pontos de avanço