Exclusivo

Opinião

A melhor defesa é a defesa

Nuno Santos, um calvo precoce que ninguém sabe se é extremo convertido em lateral ou lateral com tendências extremistas, e João Mário, que é quase tão estranho ver a lutar para ser melhor marcador do campeonato como seria assistir a Haaland de luvas calçadas a voar para defesas impossíveis, quase estragavam esta crónica de Bruno Vieira Amaral, que começa em golos marcados e acaba em golos evitados

Nuno Santos quase me estragou os planos. Um golo daqueles às nove da noite na véspera de entregar a crónica. Quando uma pessoa já tem ideias e palavras todas alinhavadas, vem um calvo precoce que ninguém sabe se é extremo convertido em lateral ou lateral com tendências extremistas e introduz uma pequena grande letra que altera a realidade habitual em que vivemos e quase estraga a noite de um cronista.

Quase. Na televisão os comentadores exultavam e o mínimo que diziam era “Prémio Puskas, já!” Então, pensei: “isto não é futebol, é arquitetura. Não é prémio Puskas, é Prémio Pritzker!” Souto de Moura ganhou o prémio por ter desenhado, entre outros edifícios, um estádio, o arquiteto Nuno Santos há de recebê-lo por ter erigido um monumento num segundo de inspiração. Problema resolvido. À arquitetura o que é da arquitetura, ao futebol o que é do futebol.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt