O treinador de bancada (ou de sofá) levanta-se com mais autoridade na altura das convocatórias da seleção nacional. Não dá para haver unanimidade. No entanto, a lista de Fernando Santos reúne mais de 20 nomes consensuais. Com o alargamento dos 23 para os 26 convocados, há espaço para a discussão sobre o papel dos atores secundários. Mas, fosse quem fosse chamado, o menor problema de Portugal seria a qualidade e profundidade do elenco, ainda mais se compararmos com 2016 e 2018. Estaria sempre entre um lote de candidatos a sonhar.
A fase de aproximação ao Catar não foi, de todo, positiva. Pepe, um dos pilares da defesa, não joga há mais de um mês. Diogo Jota lesionou-se, tal como Pedro Neto. Rafa excluiu-se. Ronaldo, além do conflito com Erik ten Hag, deu pouco rendimento quando atuou. Félix, talismã nalgumas partidas do Atlético, caiu a pique em termos de protagonismo. Gonçalo Guedes e Matheus Nunes ainda não chegaram à Premier League. Nuno Mendes chegou a assustar, mas regressou a tempo. Houve uma série de complicações com referências insubstituíveis para Fernando Santos e os momentos de forma costumam pesar num Mundial.