Uma semana depois da vitória da Argentina no Mundial 2022, os festejos da seleção sul-americana continuam a ser alvo de críticas por parte dos franceses. Os primeiros a insurgirem-se foram autoridades, tal como o presidente da federação gaulesa, que os considerou “inapropriados” e incompreensíveis".
Em causa estava que, nas celebrações no balneário, o guarda-redes Emiliano Martínez tenha pedido “um minuto de silêncio em memória de Kylian Mbappé”. Já em Buenos Aires, no cortejo que reuniu milhões de pessoas e do qual os jogadores tiveram de ser retirados em helicóptero, o guardião voltou a aludir ao avançado do Paris Saint-Germain, desfilando com um boneco de um bebé no qual estava colada uma fotografia da cara de Mbappé, com uma expressão triste.
Ainda no relvado, também causou espanto a reação de Dibu ao receber o prémio de melhor guarda-redes do torneio. O jogador justificou-se dizendo que “tinha sido assobiado” pelos adeptos franceses.
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Nos últimos dias, jogadores ou antigos jogadores uniram-se nas críticas. Adil Rami, atualmente no Troyes e campeão do mundo em 2018, escreveu no Instagram que Martínez é "a maior m**** do futebol", o “homem mais odiado”, considerou o antigo defesa do Boavista.
Patrick Vieira, campeão do mundo 1998 e atual técnico do Crystal Palace, de Inglaterra, opinou que as celebrações de Dibu “não eram necessárias”, tendo-se tratado de “uma decisão estúpida”.
Também de dentro do Aston Villa, clube em que atua o guardião, houve mensagens sobre o assunto. Unai Emery, técnico do clube de Birmingham, garantiu que “irá falar” com Martínez “sobre alguns dos festejos”. “Quando estiver connosco, falaremos disso”, referiu o espanhol sobre o guarda-redes, que tal como a maioria dos seus colegas de seleção está agora a gozar alguns dias de férias na Argentina.
O governo francês já tinha iniciado as críticas.. A ministra do desporto, Amélie Oudéa-Castera, classificou as imagens como “lamentáveis”, próprias de “ganhadores pouco elegantes”. “Emiliano Martínez é bastante patético”, classificou. Já o ministro da economia, Bruno Le Maire, pediu uma investigação da FIFA ao sucedido.