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Mundial 2022

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França isola jogadores com sintomas de gripe para impedir que a final do Mundial se torne uma visita de médico a favor da Argentina

Um “vim, vi e venci” rápido e eficaz é o que a França espera que não aconteça a favor da Argentina na final do Mundial, mas um vírus que já afetou três dos jogadores começa a preocupar a equipa. Sintomas semelhantes aos da gripe já desfalcaram o grupo para o jogo contra Marrocos. Em causa parece estar o desgaste e as alterações de temperatura

Rita Meireles

Visionhaus

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França e Argentina foram as duas seleções a chegar à final do Mundial 2022, que se joga já no domingo. Mas, para uma delas, as coisas teimam em não correr totalmente bem durante a estadia no Catar. Primeiro, a seleção francesa teve que lidar com uma onda de lesões que deixou de fora do torneio nomes importantes como Karim Benzema e N'Golo Kanté, agora volta a correr o risco de ficar desfalcada por causa de um vírus que está a afetar a equipa.

Um dia antes do jogo entre a França e Marrocos, que os europeus venceram por 2-0, a federação francesa informou que Dayot Upamecano e Adrien Rabiot não estavam a treinar para serem “poupados”. Só que, depois, os jogadores também não estiveram presentes no jogo. “O Adri está doente, mas isso não importa, esperamos que esteja disponível para a final”, acabou por dizer Theo Hernández no final da partida.

Ao que tudo indica, trata-se de um vírus que tem afetado a equipa ao longo de todo o torneio. Os jogadores têm febre e sintomas semelhantes aos de uma gripe, algo que Didier Deschamps, o selecionador, justifica com o desgaste e as alterações de temperaturas entre locais fechados com ar condicionado e os espaços ao ar livre, e quente, de Doha. “Os jogadores colocaram muito esforço no campo e o sistema imunitário sofre. O Upamecano sentiu-se doente após o jogo. É algo que acontece quando nos exercitamos, o corpo enfraquece. Vamos tomar precauções”, afirmou.

Uma dessas precauções foi o isolamento para impedir que o vírus se propague. Ainda assim, há já um outro jogador com febre: Kingsley Coman. Este vírus que está a afetar a equipa francesa ainda não é conhecido, pelo menos fora do balneário, mas segundo avançou a “ESPN” muitos dos adeptos que estiveram e estão presentes no torneio também apresentam esses sintomas.

“Em Doha as temperaturas baixaram um pouco, tens o ar condicionado que está sempre ligado”, disse Deschamps. “Tivemos alguns casos de sintomas semelhantes aos da gripe. Estamos a tentar ter cuidado para que não se espalhe”.

A ausência dos jogadores afetados acabou por não ser um problema para o grupo, que conseguiu carimbar um lugar na final e a oportunidade de defender o seu título, mas com o último jogo à porta todo o cuidado é pouco. Até porque do outro lado do campo estará a Argentina de Lionel Messi.

“Qualquer equipa com Messi é uma proposta totalmente diferente”, disse Antoine Griezmann. “Vimos praticamente todos os jogos deles neste Campeonato do Mundo, vimos a Argentina jogar, sabemos como eles jogam, são uma equipa difícil e parecem estar em boa forma”.

Enquanto o dia da final não chega, a França espera conseguir recuperar todos os jogadores a tempo e não ver nenhum dos restantes apanhar o vírus em questão. Ao mesmo tempo, existe agora a dúvida em relação a um possível regresso de Benzema para jogar a final. Mesmo lesionado, o jogador continuou inscrito no torneio e, estando recuperado, poderá ser opção para o treinador. Deschamps pareceu gostar da ideia, mas, segundo avançou o site espanhol “Relevo”, Benzema não tem intenções de o fazer.