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Mundial 2022

E agora? Quem é que apoiamos?

Em tempos e dada a falta de Portugal num Mundial, Bruno Vieira Amaral tomou a decisão de virar cidadão argentino durante um mês e meio, especialmente em 1994, ano da ressurreição de Nosso Senhor Maradona. Agora que a seleção nacional foi eliminada, porém, vai contra tudo aquilo em que acreditava em adolescente: quer que ganhe qualquer um menos a Argentina

Bruno Vieira Amaral

Icon Sportswire

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Esta era uma questão que, na minha infância, graças ao talento federativo para a derrocada e ao numerus clausus mais reduzido de Europeus e Mundiais, se punha com relativa antecedência. Não ficávamos à espera de que Portugal caísse porque Portugal nem sequer entrava.

Diego Armando Maradona, por acaso num Mundial em que Portugal participou, resolveu o problema pela minha geração: a partir daí, sem a seleção das quinas e sem deveres patrióticos para cumprir, tornei-me cidadão argentino bissexto. Durante um mês de verão a cada quatro anos, o meu coração só tinha uma cor, azul-e-branco, como o sabão.

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