Esta era uma questão que, na minha infância, graças ao talento federativo para a derrocada e ao numerus clausus mais reduzido de Europeus e Mundiais, se punha com relativa antecedência. Não ficávamos à espera de que Portugal caísse porque Portugal nem sequer entrava.
Diego Armando Maradona, por acaso num Mundial em que Portugal participou, resolveu o problema pela minha geração: a partir daí, sem a seleção das quinas e sem deveres patrióticos para cumprir, tornei-me cidadão argentino bissexto. Durante um mês de verão a cada quatro anos, o meu coração só tinha uma cor, azul-e-branco, como o sabão.