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Mundial 2022

A mania brasileira das grandezas

Bruno Vieira Amaral fala da seleção do Brasil e de uma abundância de talento que é tanta que o que se estranha não é a mania das grandezas, mas que esta não seja ainda maior

Bruno Vieira Amaral

NELSON ALMEIDA

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No futebol, o brasileiro tem a mania das grandezas. Talvez tenha igualmente noutros assuntos, mas no futebol a mania é justificada. Há muitas razões para a megalomania brasileira. Eis algumas delas: Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo. Todos cumpriram o destino do futebolista brasileiro de génio: foram campeões do mundo com a camisola mais mítica do desporto (a mais bela é, indiscutivelmente, a argentina).

Houve outros génios que falharam esse encontro com o destino (basta identificar dois, Sócrates e Zico), mas se esses desencontros serviram para alguma coisa foi para reforçar a ideia de que a Copa do Mundo pertence, por direito humano, divino ou qualquer outro, ao Brasil e que todo o desfecho que não seja o do capitão da “canarinha” a levantar a taça no último jogo é um roubo, uma fraude transcendental, uma injustiça cósmica.

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