Que lhe parece o festival?
É um reconhecimento que toda a gente está a fazer pelo mundo. O nosso amigo, o [organizador] Gastón Kolker, fez com que um avião fosse pilotado com Maradona e a taça e que as pessoas pudessem trocar palavras com o Diego. Bom, é um reconhecimento de todos os argentinos, de todos os que amam o futebol. O Diego foi um dos melhores jogadores da história do futebol mundial.
Como era o grupo de 1986?
Era muito forte, muito unido e com jogadores com muita personalidade. Eram todos figuras nas suas equipas e, os que jogavam na Argentina, foram vencedores de Copas Libertadores e Intercontinental, e havia os outros que jogavam na Europa, como [Jorge] Valdano, Maradona, [Daniel] Passarella, [Pedro] Pasculli, e outros jogadores que tinham muitos anos de experiência. Não éramos muito favoritos quando fomos para o México, custou muito à equipa qualificar-se para esse Mundial, numas eliminatórias que eram distintas das de hoje, com quatro equipas e tivemos que lutar com o Peru. Faltavam cinco minutos [para o final do jogo com eles] e ainda estávamos fora [do Campeonato do Mundo]. Depois, já no México, um mês antes, a equipa não estava de todo montada. Foi-se montando lá no México e jogou sete jogos memoráveis. Ganhou a seleções muito fortes como Inglaterra, Bélgica, Alemanha e Uruguai. Empatámos com a Itália. Fomos campeões do mundo invictos e com o melhor Maradona de todos os Mundiais que ele jogou. Creio que se juntaram todas essas coisas para que a Argentina fosse campeã do mundo.