Mário Rui

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Idade: 27 anos
Clube: Nápoles
Posição: Lateral esquerdo
Internacionalizações/golos (pré-Mundial 2018): 2/0
É bastante provável que não fosse merecedor destes parágrafos caso Fábio Coentrão, do alto do seu altruísmo, não se tivesse consciencializado da precária condição física e excluído do Mundial. Essa decisão matou as dúvidas possíveis em relação a Mário Rui - será fisicamente robusto o suficiente? Será rápido para não sofrer com o espaço nas costas? É capaz de ser consistente numa seleção à qual não está habituado?
Verdade seja escrita que, além de Rúben Dias, o lateral esquerdo é o jogador com menos experiência de seleção, desta seleção, ganhadora há dois anos da maior glória e que, por isso, manteve a base e os métodos. O canhoto que olharia para a teoria com a certeza de vir a ser muito difícil jogar, sendo Raphaël Guerreiro o jogador que é, não fosse a prática mostrar-nos algo completamente diferente.
Porque o luso-francês campeão europeu com Portugal em França só fez três jogos e 215 minutos de futebol pelo clube, em 2018. Ao contrário de Mário Rui, titular no Nápoles desde novembro, na equipa que praticou um dos melhores futebóis na Europa e quase roubou o sétimo título consecutivo à Juventus, em Itália. Sobretudo, o português vem do futebol tricotado em passes curtos e poucos toques na bola que aprenderam de Maurizio Sarri. Um estilo de fazer as coisas que a seleção nacional não tem - e do qual pode beneficiar, ao ter alguém que pense desta maneira.
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