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João Coelho correu atrás dele próprio até ser o quarto melhor nos 400 metros dos Mundiais de pista coberta

João Coelho correu atrás dele próprio até ser o quarto melhor nos 400 metros dos Mundiais de pista coberta
ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/Getty

Antigo campeão do mundo universitário bateu, pela terceira vez na prova, o recorde nacional e acabou a final dos 400 metros dos Mundiais de pista coberta no 4.º lugar

Uma pesquisa rápida no Google, fora os acontecimentos mais recentes deste fim de semana, devolve de João Coelho várias notícias dele a quebrar o recorde nacional dos 400 metros e isto só poderia querer dizer alguma coisa de muito sério em relação ao atleta nascido em Alhandra. Já qualificado para os Jogos Olímpicos de Paris, o atleta de 24 anos há algum tempo que correr contra ele próprio, como todos correm, mas ele no sentido literal, melhorando constantemente a sua marca.

Nestes Mundiais de pista coberta, em Glasgow, o corredor das pequenas tatuagens no braço direita já batera nas eliminatórias e nas meias-finais a sua própria rapidez, dos 46,35 segundos passou para os 45,98 segundos e a evolução aguçou as expetativas para a final deste sábado, onde teria de correr, por exemplo, contra Karsten Warholm, norueguês massacrado com planos de televisão antes da final. Era o favorito.

João Coelho nunca tinha feito as duas voltas à pista olímpica em menos de 46 segundos, mas acelerou-se, perseguiu a própria sombra e na última reta já farejava bem de perto o rasto de Rushen McDonald, jamaicano que parecia perder andamento nos derradeiros metros. O português não o ultrapassou.

O quarto lugar do campeão das Universíadas do ano passado devolveu-lhe o tempo de 45 segundos e 86 centésimos, de novo a superar o seu reflexo. Pela terceira vez nos mesmos Mundiais, João Coelho batia o seu recorde nacional dos 400 metros na particular corda que dá aos seus sapatos para se bater e melhorar a ele mesmo.

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