“É um contrato histórico para um jogador lendário”, sentenciou o representante do atleta, de 29 anos. Eleito duas vezes o jogador mais valioso da liga norte-americana de beisebol e capaz de bater na bola tão bem quanto lançá-la, assinou 44 home runs em 135 jogos na temporada 2023
Expresso
Promete lutar pela camisola dos Dodgers, mas também pelo beisebol inteiro. Shohei Ohtani, uma lenda caminhante de 29 anos e que estava livre, assinou um contrato de 10 anos com aquele clube de Los Angeles a troco de 650 milhões de euros. Segundo o “Financial Times” (FT), deverá tratar-se do maior acordo individual na história do desporto.
“É um contrato histórico para um jogador lendário”, sentenciou o representante do atleta japonês, na ressaca do acordo. De acordo com o “El País”, Ohtani tinha em cima da mesa propostas de Toronto, San Francisco e dos Cubs de Chicago. O diário espanhol conta que o contrato que chorava mais cifrões na história do beisebol pertencia até agora a Mike Trout, que assinou por 12 anos com os Angels, de LA pois claro, por qualquer coisa como 426 milhões de dólares, ou 395 milhões de euros.
Este acordo astronómico, recorda o “FT”, supera aqueles assinados por Cristiano Ronaldo com o Al Nassr, por quase 200 milhões de euros por dois anos, e o recente de John Rahm, o craque do golfe, que finalmente cedeu e aceitou juntar-se ao circuito saudita, supostamente por mais de 500 milhões de euros.
“Para todos os meus fãs e todos os envolvidos no mundo do beisebol, peço desculpa por ter demorado tanto tempo a tomar a decisão”, escreveu nas redes sociais. No texto, agradeceu às pessoas dos Angels, o clube que representou nas últimas seis temporadas, assim como aos adeptos. “Para todos os adeptos dos Dodgers, vou fazer o melhor pela equipa e continuar a tentar dar a melhor versão de mim mesmo”, prometeu.
Othani, eleito duas vezes o melhor jogador da liga norte-americana de beisebol (2021 e 2023) e capaz de bater na bola tão bem quanto lançá-la, assinou 44 home runs em 135 jogos na temporada 2023. Entre 2018 e 2023 representou os Los Angeles Angels e antes disso, no Japão, representou o clube Hokkaido Fighters, entre 2013 e 2017. Filho de um jogador semiprofissional de beisebol e de uma atleta de badminton, Ohtani, que às vezes dorme mais de 10 horas por dia, tem uma carapaça que também impressiona: 1.93m e 92 quilos.
Para se compreender a dimensão deste senhor, nascido há 29 anos em Oshu, Iwate, no Japão, não faltam artigos a compará-lo e até a referir que se trata de um ser superior a Babe Ruth, cuja mudança dos Red Sox para os Yankees transformou a história da modalidade. Ou, como escreveu Tom Verducci na “Sports Illustrated”, um jogador que aparece uma vez num século.
Este ano, com a camisola do Japão, levou o seu país à conquista do Clássico de Beisebol, o equivalente a um Campeonato do Mundo, que foi disputado nos Estados Unidos. Othani, que agora vai receber 65 milhões de euros por ano, foi o MVP, pois claro.
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