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Seja nos Olímpicos ou nos Paralímpicos, uma medalha de ouro vale agora 50 mil euros

A comitiva paralímpica portuguesa na Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2015
A comitiva paralímpica portuguesa na Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2015
Friedemann Vogel/ Getty Images

Os prémios para atletas olímpicos e paralímpicos passam a ser equiparados. Portaria foi publicada esta quinta-feira em Diário da República

Seja nos Olímpicos ou nos Paralímpicos, uma medalha de ouro vale agora 50 mil euros

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

Há dez anos, quando Nelson Évora trouxe uma medalha de ouro de Pequim, valeu-lhe 40 mil euros. De agora em diante, quem repetir o feito nuns Jogos Olímpicos passa a receber 50 mil euros. A tabela é atualizada esta quinta-feira numa portaria publicada em Diário da República que, mais do que uma revisão dos valores, equipara em termos de prémios os atletas olímpicos com os paralímpicos. E nos Jogos Paralímpicos, Portugal já conta com 25 medalhas de ouro ( e que foram até agora premiadas com 20 mil euros.

Na portaria n.º 332-A/2018, o Governo explica que a atualização dos valores tem como objetivo principal “suprir as lacunas identificadas¨, entre as quais a necessidade de “melhorar globalmente os montantes dos prémios a atribuir por resultados obtidos em Jogos Olímpicos, Jogos Paralímpicos e Campeonatos do Mundo e da Europa”. Pretende-se assim “dar um novo estímulo” a todos os atletas e aos envolvidos no trabalho de preparação para grandes competições.

“Os prémios em reconhecimento do valor e mérito de êxitos desportivos constituem-se como um estímulo adicional de superação para os nossos melhores atletas de alto rendimento, de todas as modalidades desportivas com utilidade pública desportiva, que dignificam o País através da conquista dos mais altos patamares desportivos internacionais”, pode ler-se na portaria. “As medidas de apoio agora introduzidas têm por base a relevância para o País dos resultados obtidos nos principais eventos desportivos internacionais, tendo também em consideração critérios de qualidade nas classificações que vierem a ser obtidas”.

A convergência dos valores das bolsas da participação e preparação desportiva entre atletas olímpicos e paralímpicos já havia sido anunciada por Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação e responsável pela tutela do Desporto, esta terça-feira na comissão parlamentar de Desporto. Também já tinha sido discutida e aprovada na votação na especialidade do Orçamento do Estado, após propostas do BE e do PAN.

Vamos a contas: nos Jogos olímpicos, Portugal tem 24 medalhas (quatro ouros, oito pratas e 12 bronzes) conquistadas desde a primeira participação, em 1912, em Estocolmo; nos Jogos Paralímpicos, desde 1972 em Munique, os atletas portugueses somam 92 medalhas (25 de ouro, 31 de prata e 39 de bronze).

No entanto, a diferença continua a existir em quando um recorde é quebrado. No caso de “recorde Olímpico ou do mundo”, o prémio atribuído é de 15 mil euros e se se tratar de “recorde da Europa” são entregues ao atleta dez mil. No caso das modalidades adaptadas, para um “recorde Paralímpico ou do mundo”, o valor está fixado nos €7500 e para um “recorde da Europa” nos cinco mil.

O que vão ganhar?

Jogos Olímpicos
1.º classificado: de 40 mil euros passa para 50 mil euros
2.º classificado: de 25 mil euros passa para 30 mil euros
3.º classificado: de 17 500 euros passa para 20 mil euros

Jogos Paralímpicos
1.º classificado: de 20 mil euros passa para 50 mil euros
2.º classificado: de 12 500 euros passa para 30 mil euros
3.º classificado: 7 500 euros passa para 20 mil euros

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