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Premier League aprova regras que permitem remover proprietários que violem direitos humanos

De acordo com o documento, qualquer indivíduo ou empresa alvo de sanções governamentais será ser impedido de estar na Premier League, tal como culpados de “violência, corrupção, fraude, evasão fiscal e crimes de ódio”

Expresso

MICHAEL REGAN/Getty

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Os clubes da Premier League acordaram novas regras para o chamado Teste de Proprietários e Diretores, que avalia a idoneidade dos candidatos a proprietários na liga inglesa. E ser culpado de “abusos de direitos humanos” passará a ser fator de desqualificação ou remoção, anunciou esta quinta-feira o organismo.

As novas regras, aprovadas por unanimidade, entram em vigor no imediato.

De acordo com o documento, qualquer indivíduo ou empresa alvo de sanções governamentais pode ser desclassificado do teste, tal como culpados de “violência, corrupção, fraude, evasão fiscal e crimes de ódio”. Haverá controlos anuais para garantir que todos os diretores e proprietários da Premier League respeitam as novas regras.

De relembrar que dois dos principais clubes da Premier League são detidos por fundos ligados a estados com pobres registos de direitos humanos. O Newcastle é controlado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita desde 2021. Na altura da compra, a Amnistia Internacional impeliu Premier League a ter em conta precisamente as violações de direitos humanos no país do Médio Oriente. Já o Manchester City é detido por um fundo gerido pelo Sheikh Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos.

O Catar está na corrida pela compra do Manchester United, através do banqueiro Sheikh Jassim Bin Hamad Al Thani, embora este garanta que não haverá fundos públicos envolvidos na aquisição.