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Futebol feminino

Jogadoras norte-americanas trocam o “soccer” pelo futebol português. Razões? Oportunidades, a cultura e um diferente estilo de jogo

O que é que leva uma jogadora de futebol feminino a trocar os Estados Unidos por Portugal? São vários motivos e a Tribuna Expresso foi conhecê-los junto de Hannah Seabert, Paige Almendariz e Katelin Talbert, jogadoras do Sporting, Braga e Benfica, respetivamente. A reputação não é a mesma, mas quando as jogadoras olham para as duas ligas não se trata de uma derrota clara de Portugal

Rita Meireles

DeFodi Images

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No bilhete trazem Portugal como destino e a partida dá-se nos Estados Unidos, o país onde joga Marta, considerada por seis vezes a melhor jogadora do mundo, Megan Rapinoe, vencedora do mesmo troféu em 2019, e outras jogadoras que integram a temível seleção nacional de futebol feminino norte-americana, atual campeã mundial. O país onde essa mesma equipa nacional chegou a um acordo histórico recentemente, ao conquistar a igualdade salarial para as mulheres e homens que vestem a camisola da seleção.

A Europa não foge ao crescimento do futebol feminino e várias jogadoras portuguesas já confirmaram que ele é real e acontece aqui também. Mas quando se põe a liga norte-americana e a portuguesa numa balança, a olho nu talvez não se perceba os motivos que levaram jogadoras como Hannah Seabert, Paige Almendariz ou Katelin Talbert a trocarem uma pela outra. Porém, os motivos existem e são vários.

A cultura e as oportunidades

Hannah joga no Sporting, Paige no SC Braga e Katelin no Benfica. À Tribuna Expresso, as três juntaram o desporto à cultura e deram a receita aos clubes para atraírem mais talentos de outros países. O que as atrai, afinal, em Portugal?

“A cultura, o clima, eu sou da Califórnia por isso adoro o sol. Adorei Portugal, a cultura é incrível e acho que me educa também, não apenas como jogadora de futebol”, afirma Paige Almendariz.

Hannah Seabert completa: “Gosto tanto da cultura, de Lisboa, gosto do clube e da atmosfera que criaram. Para alguém sair de casa e ir atrás da sua carreira, do sonho, tem de fazer valer a pena, porque para mim foi difícil sair de casa e deixar a minha família”. Seabert assume que teve “algumas dificuldades no último ano na Noruega” e não sentia que valia a pena estar longe de casa na altura. "Sabia que precisava de uma mudança para melhor, um novo começo, um lugar onde pudesse reencontrar a minha paixão pelo futebol e pude fazer isso aqui”, refere.

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