Fórmula 1

GP Espanha. Max Verstappen, o solitário, volta a passear no melhor dia de 2023 para a Mercedes

GP Espanha. Max Verstappen, o solitário, volta a passear no melhor dia de 2023 para a Mercedes
Eric Alonso/Getty

O neerlandês da Red Bull, bicampeão do mundo, dominou completamente a corrida na Catalunha, somando a terceira vitória seguida, a quinta em sete provas na temporada. Hamilton e Russell, a dupla da Mercedes, completou o pódio

GP Espanha. Max Verstappen, o solitário, volta a passear no melhor dia de 2023 para a Mercedes

Pedro Barata

Jornalista

As voltas sucedem-se, as corridas avançam no calendário, os dias são substituídos pelas noites e Max Verstappen lá segue. Continua na frente do pelotão, sozinho, sem erros nem fragilidades, a um mundo de muitos segundos de distância dos perseguidores.

Na Catalunha, no GP Espanha, o guião recorrente no passado recente da Fórmula 1 repetiu-se, com um domínio tão acentuado do neerlandês, bicampeão do mundo, que novo triunfo parece ter sido obtido sem qualquer dificuldade, quase parecendo fruto da normal ordem cósmica das coisas.

Foi a terceira vitória seguida no Mundial, a quinta em sete corridas — nas outras duas foi segundo —, num Grande Prémio em que logrou o chamado Grand Slam pela terceira vez na carreira: pole position, volta mais rápida e estar toda a corrida em primeiro.

Atrás da viagem de Max pelo circuito catalão ficou Lewis Hamilton, que partiu de quinto para conseguir o segundo pódio de 2023. O outro Mercedes, de George Russell, conseguiu uma recuperação ainda melhor, arrancando de 12.º para acabar em terceiro, num excelente domingo para a Mercedes.

O outro Red Bull, de Sergio Pérez, também galgou posições ao longo da corrida, do 11.º na qualificação para o quarto final. Para a Ferrari, sem andamento e com uma questionável estratégia de pneus, foi mais um dia frustrante, com o quinto de Sainz, depois de ter sido segundo na qualificação, e o 11.º de Charles Leclerc.

Antes das cinco luzes vermelhas se apagarem e a corrida começar, a parada de estrelas no paddock juntou craques do futebol, como Neymar, Mbappé e João Félix, a estrelas da música, como Martin Garrix, Shakira ou Rosalía, quase parecendo que Barcelona rivaliza com Miami na capacidade de levar celebridades à pista.

O arranque teve, como esperado, uma tentativa forte de Carlos Sainz ultrapassar Max Verstappen, mas o neerlandês defendeu-se com eficácia e manteve a liderança que já parece condição pessoal e intransmissível do seu ser. Ligeiramente mais atrás, Norris, que partira de terceiro, viu o seu monolugar ser danificado por um toque em Hamilton e teve de ir às boxes, caindo para último e não mais saindo dos últimos lugares. Terminaria em 17.º.

Dan Mullan - Formula 1/Getty

Os Ferrari e os Aston Martin decidiram parar mais cedo, enquanto os Red Bull e Mercedes atrasaram um pouco a ida à box. Quando Verstappen parou pela primeira vez, tinha cerca de meio minuto de vantagem para Pérez, regressando à pista na liderança sem problemas.

Hamilton, depois de trocar os pneus, não teve problemas para ultrapassar Sainz, que também perdeu rapidamente a posição para George Russell. Na volta 42, os dois homens da Ferrari pararam, e de lá saiu o espanhol em sexto — acabaria em quinto — e Leclerc em 14.º — acabaria em 11.º.

A ponta final da corrida não trouxe mudanças significativas nos primeiros lugares, com Stroll a acabar em sexto e Fernando Alonso em sétimo. Lá na frente, o rei do Mundial terminou impávido e sereno.

Max Verstappen tem agora 40 vitórias na Fórmula 1, somente a uma de Ayrton Senna. Neste campeonato, soma 170 pontos, cada vez mais distante do seu colega de equipa, Pérezz, que tem 117. Fernando Alonso é terceiro, com 99, seguindo-se os Mercedes, com Hamilton com 87 e Russell com 65.

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