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Frenkie de Jong: “Desde tenra idade que eu queria estar aqui, por isso tem sido um sonho tornado realidade”

Em entrevista ao “The Guardian”, o futebolista neerlandês revelou um detalhe de Sergio Busquets aquando do anúncio da sua transferência e desfez-se em elogios a Lionel Messi

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Foi o último dos tesouros a atravessar a rota do futebol de seda que liga Amesterdão a Barcelona. Frenkie de Jong era o cérebro e talvez o que mais perto estava do futebolista total naquele Ajax que alcançou as meias finais da Liga dos Campeões, em 2019. Quando foi anunciado no Barcelona, recebeu uma mensagem de Sergio Busquets, dando-lhe as boas vindas e deixando-o à vontade para se necessitasse de alguma coisa. 

“Quando eu cheguei a Barcelona, ele recomendou um restaurante e fez uma reserva para mim e para a minha namorada, a Mikky”, contou o médio neerlandês ao “The Guardian”, revelando como foram assim esvaziadas as eventuais tensões por supostamente ir para o clube para substituir Busquets.

Frenkie garantiu que está “muito feliz” no clube. “Desde tenra idade que eu queria estar aqui, por isso tem sido um sonho tornado realidade. Mas, claro, teria gostado de ganhar mais troféus do que fizemos nos meus dois primeiros anos”, disse.

Frenkie De Jong num Barcelona-Elche no Camp Nou, em Dezembro (Alex Caparros/Getty Images)

Frenkie De Jong num Barcelona-Elche no Camp Nou, em Dezembro (Alex Caparros/Getty Images)

O internacional pelos Países Baixos já disputou 2268 minutos esta temporada, ao longo de 29 presenças, primeiro com Ronald Koeman e depois com Xavi Hernández. Apesar de todos os pontos de interrogação, dos dogmas barcelonistas e dos altos e baixos nas exibições, o Barça está na zona de apuramento para a Liga dos Campeões, o que será o mínimo olímpico para esta temporada. A melhor maneira de rotular esta era malfadada para os culés é referir que disputam atualmente a Liga Europa.

Mesmo com as mudanças no banco, e do suposto salto para o ADN blaugrana implacável com Xavi, há um detalhe interessante desta conversa do jogador com o diário inglês: “Penso que algumas coisas são iguais [dos tempos de Koeman], porque no Barcelona jogas sempre num determinado estilo que não depende do treinador… mas cada treinador tem os seus detalhes, claro”.

À gestão desportiva e decisões complicadas e questionáveis juntou-se o ingrediente mais explosivo possível para a tempestade perfeita: a saída de Lionel Messi. Na entrevista ao “The Guardian”, de Jong admitiu que ficou “em choque” quando soube que o argentino ia realmente abandonar o clube. “Ainda sentimos a falta dele”, admitiu Frenkie. “Nenhum elogio é exagerado. Para mim, é o melhor de sempre.”

O Barcelona joga este domingo, no campo do Valência, o 12.º classificado da Liga Liga. Os catalães, com menos um jogo, estão a 15 pontos do líder Real Madrid, que recebe este sábado o Alavés, no Santiago Bernabéu.