Exclusivo

Entrevistas Tribuna

Nuno Lobo é candidato à presidência da FPF e quer compromisso, o que diz faltar a Pedro Proença: “Não cumpre aquilo que prometeu aos clubes”

Nuno Lobo é candidato à presidência da FPF e quer compromisso, o que diz faltar a Pedro Proença: “Não cumpre aquilo que prometeu aos clubes”
Candidatura Nuno Lobo à presidência da FPF
Diz que “nunca” se calou perante “injustiças”, apresenta-se como uma pessoa “humilde” e quer acabar com “os dois futebóis” que lamenta existirem em Portugal. Ainda líder da Associação de Futebol de Lisboa, Nuno Lobo é o primeiro a confirmar a intenção de chegar à presidência da Federação Portuguesa de Futebol e suceder aos 12 anos da era Fernando Gomes. Na véspera de apresentar, esta terça-feira, a sua candidatura, deu uma breve entrevista à Tribuna Expresso na qual pouco revelou - não negou, nem confirmou, se Luís Figo está envolvido -, mas já apontou críticas ao seu suposto adversário nas eleições

Ainda não se sabe quando vão acontecer, nem quem serão todas as caras das eleições visadas a escolher o próximo líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), cujo ainda pontífice é “o melhor presidente de sempre” da entidade e “fez tudo aquilo que havia para fazer nestes 12 anos”. A opinião é de Nuno Lobo, o primeiro a chegar-se à frente para suceder a Fernando Gomes, dirigente que muito elogia.

Líder da Associação de Futebol de Lisboa durante a mesma dúzia de anos em que Fernando Gomes esteve no comando da FPF, o advogado de formação vai, esta terça-feira, apresentar oficialmente o que há muito era falado. Diz-se um homem de rua, quer ir falar com as pessoas, promete união e nesta breve entrevista, sem querer desvendar por aí além, também deixou, mesmo que ligeira, uma bicada aos governantes: “Não basta preocuparem-se em apenas em estar ao lado do futebol quando há sucessos desportivos e depois, quando não há esses sucessos, esquecerem por completo o que o futebol representa para a sociedade portuguesa.”

Menos almofadada foi a crítica já dirigida ao suposto, putativo e antecipado outro candidato às eleições da FPF, que para já nada confirmou. “A vir para a Federação, não cumpre o compromisso não só de mandato, porque sai ao fim de um ano e meio de mandato [que vai até 2027], mas, sobretudo, não cumpre aquilo que prometeu aos clubes”, elaborou acerca de Pedro Proença, apesar de o presidente da Liga estar a ser apoiado pelos clubes, segundo o que brotou em público após as últimas reuniões da entidade. Mas a mira de Nuno Lobo chegou firme e fixada na centralização dos direitos televisivos, dizendo que “não há um clube profissional que saiba, neste momento, o que vai receber, o que vai ter... aliás, que saiba como está esse dossier”.

Está inaugurada a corrida à federação mais rica do país, na qual as eleições, estima Nuno Lobo, apenas deverão acontecer lá para janeiro de 2025.

Para quem não o conhece, quem é o Nuno Lobo e de onde veio?
Julgo que muitas das pessoas do futebol já me conhecem, sou presidente da Associação de Futebol de Lisboa há 12 anos, tenho tido intervenção nos diversos fóruns do futebol português, mas, sobretudo, julgo que me posso caracterizar como uma pessoa igual a tantas outras que dirigem os clubes, as associações, a própria federação; e sou uma pessoa que trabalho em conjunto, sou humilde e, portanto, não é muito bom estarmos a elogiar a nós próprios, mas acho que as pessoas conhecem a minha forma de ser, de atuar. Não sou pressionável, não tenho medo, dou a cara por aquilo que acredito, tomo posições sempre sem receios e sem medos. E, além de tudo o que disse, acho que uma das minhas características é a frontalidade, foi esse o trabalho que desenvolvi em Lisboa e é com esta postura que quero trabalhar na Federação Portuguesa de Futebol caso os 84 delegados me elejam como presidente.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: dpombo@expresso.impresa.pt