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Crónica

Xavi Simons e a luta de uma geração

Xavi Simons e a luta de uma geração
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O craque que usa o número 10 no RB Leipzig depois de ter brilhado no PSV Eindhoven é a prova de que a seleção dos Países Baixos, longe do brilho de outros tempos, tem um futuro. E, como escreve Tomás da Cunha, também mostra que um passo de humildade também ajuda o talento a despontar

Xavi Simons e a luta de uma geração

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

O futebol dos Países Baixos está longe dos anos dourados. Não precisamos sequer de recuar aos tempos da Laranja Mecânica para encontrar gerações extraordinárias, como a de 1988, com Frank Rijkaard e Ruud Gullit à cabeça. Nos anos 90, o Ajax vencedor da Champions lançou para a ribalta nomes como Edgar Davids, Clarence Seedorf e Patrick Kluivert, que ajudariam a seleção nas campanhas vistosas de 1998 ou 2000 – sem o sucesso desejado, porém. No futebol, o Suriname e a Holanda sempre se confundiram.

A presença colonizadora no pequeno país da América do Sul abriu uma torneira de talentos, com muitos filhos de imigrantes já nascidos em solo europeu. Virgil van Dijk, por exemplo, foi criado em Breda por um pai holandês e uma mãe surinamesa. Xavi Simons é de Amesterdão, com a mesma ascendência. As raízes e o estilo inconfundível do atual jogador do RB Leipzig fazem lembrar alguns craques do passado. É uma das maiores esperanças para o renascimento do futebol ofensivo e artístico dos Países Baixos. As últimas grandes competições retratam a quebra de talento de uma seleção com enorme tradição.

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