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Crónica

Sérgio Conceição adora uma boa crise

O escritor Bruno Vieira Amaral escreve sobre o treinador do Porto e a sua capacidade de atirar para os outros a responsabilidade dos fracassos das contratações a peso de ouro, escapando desta forma incólume às crises que, recorrentemente, lhe rebentam nas mãos

A Liga portuguesa é como o jogo da cadeira. Com uma diferença. Só há uma cadeira – ou um trono – para três pretendentes. Enquanto um se senta a saborear o triunfo, os outros dançam para não arrefecer. Por muitas voltas que se dê, o critério decisivo para se aferir o sucesso de uma época é a conquista do campeonato. O objetivo seguinte, que não salva a época mas ajuda a disfarçar os insucessos, é o apuramento para a Champions, com os milhões que significa. Por fim, há a conquista de títulos. Mas títulos a sério, não aqueles títulos à medida como o de campeão de pontos num ano civil, de clube que foi mais longe nas competições europeias ou o de maior entreposto comercial. Tudo isso são rebuçados com que os adeptos se enganam para tirar da boca o sabor amargo da derrota. O que conta é o campeonato.

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