O mérito do Benfica nunca foi descobrir um jogador como Enzo Fernández. Qualquer direção desportiva de um clube profissional tinha a “obrigação” de conhecer o médio argentino. A jogada de mestre está em conseguir contratá-lo. É sabido que o futebol português tem crédito como rampa de lançamento de super craques, mas foi preciso fazer algumas cedências na negociação. Desde logo, o River Plate ficou com 25% do jogador e a garantia de que disputaria a Libertadores até ao fim pelo clube. Também se percebeu que era um objetivo do jovem vencer a prova pelo clube do coração. Com todos satisfeitos, o Benfica arriscou-se a receber o reforço apenas em janeiro. Porventura, sem essas contrapartidas não seria possível alcançar um dos melhores a atuar na América do Sul. O Vélez Sarsfield ajudou.
Enzo, o médio total que não deixa Rui Costa dormir
Não é 6, nem 8, nem 10. É um pouco de tudo. A proeza de contratar Enzo Fernández no início da época, o nível exibido no Benfica e a conquista do Mundial deixaram o presidente do Benfica com uma bomba nas mãos. Vendê-lo agora, escreve Tomás da Cunha, seria ficar com a responsabilidade de ir ao mercado substituí-lo com a época em andamento. E seria perturbar a dinâmica positiva que os encarnados revelaram ao longo da primeira metade da época
30.12.2022 às 13h30

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