Abel Ferreira completou dois anos de sua chegada ao Brasil no mesmo dia em que conquistou seu primeiro título de campeão brasileiro. É seu sexto troféu pelo Palmeiras, número que só o deixa atrás de Vanderlei Luxemburgo (oito), Osvaldo Brandão (sete) e empatado com Scolari (seis).
Desde 2 de novembro de 2020, data em que se sentou à tribuna do Allianz Parque e assistiu como treinador recém-contratado à vitória por 3 x 0 sobre o Atlético Mineiro, Abel liderou as campanhas de duas Taças Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e um Campeonato Paulista.
Duas épocas e meia representam, para o Palmeiras, quase uma eternidade. Nos dez anos anteriores a Abel, houve treze treinadores diferentes a passar pelo clube da alcunha “Academia”, por seu estilo clássico e vistoso.
A longevidade é fruto da maior estrutura da equipa, logicamente em grande parte pelo trabalho do selecionador português. Há três épocas, o Palmeiras assustou-se com uma dívida próxima aos 150 milhões de euros e decidiu cortar custos.
Passou a lançar os miúdos. Abel encontrou e desenvolveu jovens como Danilo, já convocado por Tite para a equipa nacional do Brasil, Gabriel Menino e Patrick de Paula, “Os Três Porquinhos”, alcunha dada à juventude dos miúdos num clube que tem como mascote o porco.
Com os três, Palmeiras de Abel venceu o temido River Plate, dentro da Argentina, na semifinal da Libertadores de 2020, sua primeira conquista.