Vitória por 2-0 em Malta deixa Portugal na liderança do Grupo 3 de qualificação para o Euro 2025, mas a exibição da equipa de Francisco Neto chegou apenas para os mínimos frente a um adversário que ainda assustou nos primeiros 10 minutos, para depois desistir de atacar
Jornalista
Depois de arrancarem da melhor maneira a qualificação para o Europeu de 2025, com um triunfo por 3-0 em Leiria frente à Bósnia, Portugal teria em Malta um adversário aparentemente mais frágil, mesmo jogando fora. A vitória por 2-0, conseguida apenas na 2.ª parte, transpira as dificuldades que Francisco Neto não estaria à espera de encontrar na soalheira ilha do Mediterrâneo, num final de tarde pouco inspirado da seleção nacional, que ainda assim lidera o Grupo 3 da Liga das Nações B, agora com duas vitórias e mais perto do objetivo de regressar à Liga A.
A 1.ª parte de Portugal foi pobre frente a uma equipa de Malta que nos primeiros minutos ainda assediou a área nacional, com algumas saídas rápidas que deixaram a seleção nacional em sentido. Tomando noção do que poderá ter sido algum excesso de confiança na abordagem ao jogo, a equipa de Francisco Neto tomaria conta do jogo a partir dos 10 minutos, mas sem o ritmo necessário para estilhaçar a parca oposição do adversário.
Kika, aos 20 minutos, num livre direto, e Diana Silva, aos 23’, de cabeça, foram as donas dos lances mais perigosos de Portugal, mas faltou a criatividade para criar verdadeiras oportunidades. Os cruzamentos lançados para a área de Malta eram facilmente afastados pelas jogadoras rivais.
O golo de Portugal, de penálti, logo no início da 2.ª parte, marcado por Carole Costa, dava o mote para uma mudança de atitude. A lesão da guarda-redes Janice Xuereb, magoada num joelho após embater no poste, quebrou o que poderia ser uma rápida subida de velocidade no jogo e o segundo golo só apareceria já aos 78’, num dos poucos momentos em que a seleção nacional conseguiu rasgar por entre a povoada linha defensiva de Malta: o passe de Tatiana Pinto, entrada já no segundo tempo, deixou Jéssica Silva isolada na meia-direita e dali surgiu o passe rasteiro para a finalização de Ana Capeta, outra das apostas para a 2.ª parte.
O jogo, que ainda serviu para a estreia de Joana Martins pela seleção, seguiu a partir daí de novo em ritmo pouco animado. Malta fechou-se, Portugal ia tentando, mas com muito pouca imaginação. Nos últimos minutos, Lúcia Alves e Carolina Mendes estiveram perto de aumentar a contagem, mas Portugal pareceu demasiado conformado com uma vitória curta frente a um adversário que na 2.ª parte praticamente desistiu de atacar.
Portugal volta a jogar a 31 de maio para a qualificação para o Europeu, em casa frente à Irlanda do Norte.
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