O percurso da etapa 16 do Giro foi revisto devido à queda de neve que se verifica na região do Tirol do Sul. O pelotão não vai atingir os 2761 metros de altura do Passo dello Stelvio, local que João Almeida percorreu com a camisola rosa, em 2020. Ainda assim, a corrida mantém os 206 quilómetros
Jornalista
A primeira semana da Volta a Itália, no que ao vencedor diz respeito, pode já ter levantado o véu em relação ao que vai acontecer no final. Assim, Tadej Pogacar (UAE Emirates) reforçou a candidatura a chegar a Roma com o dress code do primeiro colocado da classificação geral.
O primeiro dia de descanso do Giro terá servido para os ciclistas e as equipas refletirem sobre a estratégia para a fase em que a competição vai endurecer (ainda mais). Porém, também a organização teve oportunidade para pensar sobre o que se avizinha.
As edições anteriores já tinham confrontado a grande volta italiana com desafios. Não apenas para os ciclistas, porque esses não podem esperar outra coisa que não percorrerem um traçado de perfil semelhante ao gráfico de um eletrocardiograma. Também a logística obriga a um desgaste de energia para encontrar soluções para as passagens em zonas montanhosas. Desta vez, por razões de segurança, o plano inicial não vai poder ser cumprido.
A etapa 16, devido ao risco de queda de neve na região norte de Itália, vai ser alterada, anunciou a organização. Ao contrário do que estava planeado, o Giro não vai passar no ponto mais alto do Passo dello Stelvio, subida de categoria especial que levaria o pelotão quase a tocar no céu devido aos seus 2761 metros de altura e inclinação média de 7% ao longo de 19,7 quilómetros. A corrida vai-se desviar no Giogo di Santa Maria e, apesar do ajustamento do percurso, os 206 quilómetros de comprimento vão-se manter. A meta vai-se continuar situada no Monte Pana.
O Giro tem contado com passagens pontuais pelo Passo dello Stelvio, a última das quais em 2020 com João Almeida a usar a camisola rosa. A última vez que uma etapa da grande volta terminou na montanha que pertence à região do Tirol do Sul, mais conhecida pelo esqui, foi em 2012 com Thomas De Gendt a sagrar-se vencedor.
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