O mundo pós-pandemia revelou uma nova estrela do desporto nacional. João Almeida, então com apenas 22 anos, passou 15 etapas de rosa num Giro de Itália adiado para outubro, terminando em 4.º na geral.
Em 2021, o português das Caldas da Rainha confirmou muito do que tinha mostrado nas estradas italianas no ano anterior, ao terminar novamente o Giro no top 10 (foi 6.º), juntando ainda duas vitórias em provas por etapas, na Volta à Polónia e Volta ao Luxemburgo.
No último ano de contrato com a Deceuninck-QuickStep, uma das equipas mais ganhadoras do WorldTour, mas normalmente mais focada em provas mais curtas ou clássicas, João Almeida tornou-se então num dos alvos mais apetecidos do mercado. E mudou mesmo de equipa, assinando pela UAE Team Emirates, casa de Rui Costa e dos gémeos Oliveira, mas também de Tadej Pogacar, bicampeão da Volta a França.
Num artigo onde analisa as melhores mexidas no ciclismo para 2022, o portal Cyclingnews, um dos mais importantes dedicado à modalidade, coloca João Almeida entre nomes como Peter Sagan (de saída da Bora para a TotalEnergies) ou Rohan Dennis (deixa a Ineos pela Jumbo-Visma). Mas o Cyclingnews aponta-o mesmo como “a melhor contratação para a temporada de 2022”.
“Almeida tem a capacidade, a personalidade e a paciência para ganhar grandes provas”, lê-se na análise, em que o portal sublinha também o facto do ciclista ter feito “23 anos apenas em junho” e de ter terminado 2021 na 9.ª posição do ranking da UCI.
O Cyclingnews frisa que o objetivo da nova equipa é que João Almeida “siga as pisadas de Pogacar” e se torne numa das apostas para atacar a geral das grandes voltas. A Volta a Itália de 2022 será provavelmente a primeira oportunidade de João Almeida como líder, já que Pogacar deverá focar-se no Tour.