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Revolução no Benfica? Na cabeça de Rafa e João Mário

O analista e comentador Tomás da Cunha olha para as convicções de Roger Schmidt e de como Rafa e João Mário beneficiaram com a chegada do treinador alemão à Luz. O encontro com a Juventus para a Liga dos Campeões, na terça-feira, é disso um exemplo

Tomás da Cunha

Soccrates Images/Getty

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É homem de poucas palavras e não exprime sentimentos de forma expansiva. Mas, no final do Benfica - Juventus, trocou algumas com Roger Schmidt. Sorriu, sempre com alguma reserva. Abraçou o treinador. Rafa recebeu o prémio de melhor jogador em campo, numa exibição pontuada por momentos de brilhantismo e outros em que levou a Luz ao desespero. No fundo, uma espécie de resumo da carreira do português. Está feliz e isso nota-se. Tal como João Mário, recuperado para o futebol de outros tempos.

A maior falácia sobre gestão de grupo é a de que o líder deve tratar todos por igual. Se as pessoas são diferentes, têm características próprias e representam papéis específicos, a lógica aponta para que haja um tratamento adequado. Acrescenta-se a isto o facto de, em plena era das redes sociais, com todo o imediatismo associado, os jogadores serem bombardeados diariamente com críticas (maioritariamente gratuitas) e mensagens duras. Estão expostos e precisam de quem sirva de escudo. Vendo de fora, percebe-se que Rafa é acarinhado por Schmidt. Não se constroem mentalidades só com tácticas perfeitas.

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