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Venda de João Félix permite ao Benfica apresentar lucro recorde de 104 milhões de euros

Venda de João Félix permite ao Benfica apresentar lucro recorde de 104 milhões de euros
NurPhoto/GETTY IMAGES

Número refere-se ao primeiro semestre da época 2019/20, entre julho e dezembro. Trata-se do melhor resultado financeiro jamais apresentado por um clube português

Venda de João Félix permite ao Benfica apresentar lucro recorde de 104 milhões de euros

João Pedro Barros

Editor Online

A SAD do Benfica apresentou esta sexta-feira um lucro de 104,153 milhões de euros entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2019, o que corresponde ao primeiro semestre da época desportiva 2019/20. Trata-se do melhor resultado financeiro jamais apresentado por um clube português, sendo claramente influenciado pela venda de João Félix ao Atlético de Madrid, num negócio “que gerou uma mais-valia de 108,2 milhões de euros”.

Este encaixe financeiro - oficializado em julho por um valor absoluto de 126 milhões - foi "um facto extraordinário, que não deve ser acompanhado por um significativo incremento dos gastos operacionais ou pela criação de compromissos futuros que não são sustentáveis para a realidade económica em Portugal".

No Relatório e Contas entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica garante que a liquidez gerada pelo negócio vai ser utilizada “para resolver questões estruturantes, como são os casos dos investimentos na aquisição de atletas, a melhoria de infraestruturas desportivas e a redução da dívida financeira contratualizada”.

A sociedade frisa também que este é o sexto ano consecutivo em que apresenta lucro nos primeiros seis meses de atividade. O resultado líquido da SAD do Benfica no segundo semestre de 2019/20 “representa uma melhoria de 639,8% face aos 14,1 milhões de euros apresentados no período homólogo”.

Sem contar com os proveitos resultantes de transações de atletas, os rendimentos operacionais ascendem a 101,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 8,8% face ao período homólogo, “sendo esta variação principalmente justificada pela inclusão nos rendimentos da Benfica SAD das receitas de camarotes, executive seats, red pass premium, rendas de espaço e visitas ao museu e estádio”.

O capital próprio “ultrapassou a barreira histórica dos 200 milhões de euros”, ascendendo a 223,4 milhões de euros. O ativo da SAD é de 608,7 milhões de euros (subiu 25,8% face ao exercício anterior), mas o passivo também cresceu 5,7%, para os 385,3 milhões de euros.

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