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Pedro Proença e Secretário de Estado criticam incidente com criança no Famalicão - Benfica

Criança terá sido obrigada a despir a camisola do Benfica numa bancada onde havia maioria de adeptos do Famalicão, numa situação que também foi lamentada pelo clube lisboeta

Lusa

ESTELA SILVA/Lusa

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No desafio da sexta jornada da I Liga entre Famalicão e Benfica, uma criança terá sido obrigada a despir a camisola do Benfica numa bancada em clara maioria de adeptos locais. O gesto foi lamentado pelo Benfica e, nas últimas horas, a Liga de Clubes e a tutela juntaram-se à reprovação.

“O Sport Lisboa e Benfica lamenta que num futebol que se quer cada vez mais inclusivo, capaz de trazer cada vez mais famílias para os jogos, adeptos com camisolas do Benfica, incluindo crianças, tenham sido obrigados a despi-las para poderem assistir ao jogo”, escreveu o Benfica, rematando: “Queremos um futebol diferente e todos temos de contribuir para isso”.


O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, criticou a situação nas redes sociais.

“Se queremos que o futebol seja uma festa para as famílias, temos de refletir quanto ao significado de uma criança ser obrigada a despir a camisola do seu emblema pelo simples facto de estar numa bancada onde a maioria dos adeptos torce por outro clube. Não é este o futebol que queremos”, insurgiu-se Pedro Proença.

Pedro Proença recorda que o incidente ocorreu na semana em que os capitães das equipas profissionais assinaram a Carta pela Integridade. O dirigente destacou ainda o gesto “magnífico” do jogador do Santa Clara que parou o jogo, em posição vantajosa, depois de acertar no rosto de rival do Vitória de Guimarães, bem como a “bonita” ação do FC Porto na homenagem a adepto octogenário.

Já o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia, diz que o que se passou exige “o maior protesto”, pelo que entende que “as entidades envolvidas têm de prestar esclarecimentos pelo sucedido”.

“Esta criança foi vítima de intolerância implacável num estádio de futebol por parte de representantes do promotor do jogo. Foi ainda submetida à indignidade de ficar semi-despida para que pudesse continuar a assistir ao jogo”, justificou.