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A casa às costas

“No balneário, começámos a ouvir gemidos e sons estranhos. Era um jogador na sanita a ver pornografia no telemóvel, ligado à coluna de som”

“No balneário, começámos a ouvir gemidos e sons estranhos. Era um jogador na sanita a ver pornografia no telemóvel, ligado à coluna de som”
Carlos Rodrigues

Gonçalo Silva, 33 anos, percebeu desde cedo que não tinha muito talento, mas que, trabalhando mais e melhor que os outros, conseguia vingar e foi assim que construiu uma carreira como jogador profissional, que começou no Barreirense, passou pelo SC Braga B, o Belenenses e a B SAD - onde conta que Rui Pedro Soares o acusou de fingir uma lesão -, antes de experimentar outros campeonatos, além-fronteiras. Casado e pai de duas filhas, o central conta nesta parte I do Casa às Costas vários episódios que marcaram o percurso e fala do feitio, e não só, de treinadores como Sá Pinto, Domingos Paciência, Petit ou Sérgio Conceição

Nasceu no Barreiro. É filho de quem?
Sou filho da Vitória, com 58 anos e do Rui Silva, com 61. A minha mãe tem um mini mercado/papelaria e o meu pai foi fuzileiro durante muitos anos. Costuma dizer-se que os fuzileiros são fuzileiros a vida toda, por isso não gosto de dizer que é reformado.

Tem irmãos?
Tenho duas irmãs mais novas, uma com 26 anos e a outra com 16.

Em que zona do Barreiro cresceu?
Entre Palhais e a Carregueira, uma localidade na zona do Pinhal Novo. O mini-mercado da minha mãe é em Palhais, mas os meus avós viviam na Carregueira e fomos para lá viver também. Cresci entre os dois sítios.

Foi uma criança tranquila ou era traquina?
Os meus pais dizem que sempre fui muito tranquilo, não arranjei problemas.

O que dizia querer ser quando fosse grande?
Até tarde nunca imaginei que podia ser jogador de futebol, sempre quis seguir a profissão do meu pai, porque era o exemplo que tinha em casa. Ele levava-me muitas vezes para os fuzileiros na base de Vale de Zebro, em Coina. Aquilo sempre me fascinou. Quando comecei a jogar futebol com nove, dez anos, fazia as minhas “pré-épocas” lá com ele. Corria, ia ao ginásio, por isso aquele mundo foi sempre muito fascinante e inicialmente quis seguir as pisadas dele.

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