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A casa às costas

“O Petit como pessoa é cinco estrelas. Quanto a ideias de jogo, ainda hoje não sei ao certo quais eram”

“O Petit como pessoa é cinco estrelas. Quanto a ideias de jogo, ainda hoje não sei ao certo quais eram”
FERNANDO VELUDO / NFACTOS (EXCLU

André Leão continua a jogar futebol no “seu” Freamunde, onde já é adjunto da equipa de juniores, e pondera arrumar as botas no final desta época, quando já tiver 40 anos. O médio, que passou pelo Valladolid antes de regressar a Portugal para descer e subir com o Paços de Ferreira, revela a sua forma de estar no futebol, diz o que pensa sobre quem o treinou, conta algumas peripécias curiosas e revela estar à procura de emprego porque não consegue estar sem fazer nada durante o dia

No final da época 2013/14, quando sai do Paços de Ferreira, foi abordado por que clubes?
A meio da época, apareceu o Dnipro, da Ucrânia. Falei com o mister Henrique Calisto porque me ofereciam bastante mais dinheiro do que eu ganhava no Paços, ele disse que não me cortava as pernas, mas que tinha de falar com o presidente. Como estávamos a lutar pela descida, o presidente não me deixou sair. Depois, quando o meu contrato terminava, é quando o mister Paulo Fonseca regressa ao Paços. Ele ligou-me para eu renovar pelo Paços, só que eu já tinha acertado tudo com o Valladolid. Quando aceitei o Valladolid estava na I Liga, seis pontos acima da linha de água, faltavam quatro ou cinco jornadas. O salário era muito superior ao que ganhava no Paços, claro. Nisto eles descem de divisão na última jornada.

Pensou desistir e já não ir para Espanha?
Assim que desceram de divisão, o presidente do Valladolid ligou-me. Fui ter com ele a Bragança. Ele disse que gostava muito que eu fosse para lá, mas que não podia dar-me o mesmo ordenado da I Liga. Reduziu para metade.

Mesmo assim ainda era mais do que ganhava no Paços de Ferreira?
Ainda era bastante mais do dobro [risos]. Mas gostei foi da forma como ele lidou com a situação e por isso disse que ia na mesma. Sou muito assim, muitas vezes não penso com a cabeça, porque se o fizesse se calhar podia ter muito mais dinheiro hoje do que tenho, mas as relações sempre foram mais importantes, embora agora o dinheiro quando acaba faz falta, reconheço, mas nunca consegui ser muito só dinheiro, só dinheiro, sempre meti coração e como gostei tanto dele aceitei. Ficámos com uma relação muito boa por causa disso.

Assinou por quantas temporadas?
Primeiro assinei três. O primeiro ano até correu bem, fomos ao playoff de subida, mas acabámos por não subir e no ano seguinte chegaram mais portugueses.

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