Nasceu em Ajaccio, na Córsega. É filho de emigrantes?
Sim, os meus pais são portugueses e foram trabalhar para França, há 35 anos. O meu pai trabalhava na construção e a mãe nas limpezas. O clássico.
É filho único?
Tenho uma irmã e um irmão mais velhos que nasceram em Portugal. Fui o único que nasceu em França.
Qual a sua primeira memória de infância?
É dos meus amigos na Córsega e de uma infância que foi muito boa. Depois do almoço a minha mãe deixava-me com os meus amigos na rua, deixava um dinheirinho e eu jogava a tarde toda, às quatro ia lanchar umas bolachas e continuava a jogar. Nunca fui adepto de ver futebol na televisão e torcer por uma equipa. Era mesmo o prazer de jogar à bola.
O futebol foi o único desporto praticou?
Também fiz atletismo, salto em altura, lançamento de dardo, cross. Gostava de fazer tudo. Fiz atletismo dos seis aos oito anos. Depois, o futebol tornou-se mais sério, ainda cheguei a acumular com o atletismo, mas já não entrava nas competições.
Tinha ídolos?
Com o tempo comecei a gostar do Cristiano Ronaldo, mas não era aquela coisa de querer seguir o Ronaldo ou querer vê-lo à minha frente, eu gostava mesmo era de jogar à bola.
Nem tinha nenhum clube de que gostasse mais?
Não. Ainda hoje, quando vou a Portugal ver a família, uns torcem pelo Benfica, outros pelo FC Porto, outros pelo Sporting, mas eu nunca tive clube. Agora posso dizer que gosto do Gil Vicente, porque joguei lá e as pessoas do clube foram incríveis, por isso fiquei a gostar mesmo muito do clube.
Também não era adepto de nenhum clube francês?
Não.
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